Children hospitalized due to maltreatment in the ICU of a Public Health Service

Abstract

ABSRACT Objective: to characterize children hospitalized due to violence in a pediatric ICU in 2011; to relate violence and the mechanisms of trauma with death; to know the contextualization of violence, from the records in the medical records. Method: retrospective cohort, performed in a fi rst aid hospital, Porto Alegre city, in the records of 22 children hospitalized in the ICU due to violence. Quantitative analysis was performed by absolute and relative frequency rates, chi-square and relative risk. Results: 54.5% were boys, 81.8% were white and 50% were up to three years old. Physical violence 50% and neglect 36.4%, family of children (77.3%), highlighting the mother (35.3%). Mechanisms of aggression: fall (22.7%), burns (18.2%). Burns were at high risk for death. Discharge to go home after ICU admission (59.1%). Conclusion: It is considered that the characterization of the cases of violence refl ects the complexity of the theme, mainly, in face of the life histories that surround each case of children hospitalized by this aggravation. Descriptors: Violence; Children; Intensive Care Units; Nursing; Public Health. RESUMO Objetivo: caracterizar as crianças hospitalizadas por violência, em uma UTI pediátrica, em 2011; relacionar violência e os mecanismos de trauma com o óbito; conhecer a contextualização da violência, a partir dos registros nos prontuários. Método: coorte retrospectivo, realizado em um hospital de pronto socorro, Porto Alegre/RS, nos registros de 22 crianças internadas na UTI, por violência. Realizou-se análise quantitativa por índices frequenciais absolutos e relativos, qui-quadrado e risco relativo. Resultados: 54,5% eram meninos, raça/etnia branca 81,8% e 50% tinham até três anos. Violência física 50% e a negligência 36,4%, familiar da criança (77,3%), destaque para a mãe (35,3%). Mecanismos de agressão: queda (22,7%), queimaduras (18,2%). As queimaduras apresentaram risco elevado para óbito. Alta para casa após internação em UTI (59,1%). Conclusão: Considera-se que a caracterização dos casos de violência refl ete a complexidade do tema, principalmente, diante das histórias de vida que envolve cada caso de criança hospitalizada por este agravo. Descritores: Violência; Criança; Unidades de Terapia Intensiva; Enfermagem; Saúde Pública. RESUMENObjetivo: caracterizar a los niños hospitalizados por violencia, en una UTI pediátrica, en 2011; relacionar la violencia y los mecanismos de trauma con el óbito; conocer la contextualización de la violencia, a partir de los registros en los prontuarios. Método: el corte retrospectivo, realizado en un hospital de pronto socorro, ciudad de Porto Alegre/RS, en los registros de 22 niños internados en la UTI por violencia. Se realizó un análisis cuantitativo por índices frecuenciales absolutos y relativos, qui-cuadrado y riesgo relativo. Resultados: 54,5% eran niños; 81,8% raza/etnia blanca y 50% tenían hasta tres años. Violencia física 50% y la negligencia 36,4%; familiar del niño (77,3%), destaque para la madre (35,3%). Mecanismos de agresión: caída (22,7%)...

Características da violência contra crianças no município de Porto Alegre: análise das notificações obrigatórias

“…This study pointed out that girls are more susceptible to suffer some type of sexual abuse, being identified that 19.7% of the women suffered some type Characteristics of violence against children in Porto Alegre Dornelles TM, Macedo ABT, Antoniolli L, Vega EAU, Damaceno AN, Souza SBC of sexual abuse before eighteen years of age, while the male gender presented a prevalence of 7.9%. 17 The data show a 60.6% prevalence of some type of violence in female children. This gender was more susceptible to sexual violence compared to male children.…”

“…The prevalence of sexual abuse appears around 20% in girls and 8% in boys. 2,17,18 The World Health Organization (WHO) 32 points out that disabling characteristics, such as some type of disability, do not appear to be an important risk factor for abuse when other factors are considered, as the context of development, the children's living conditions, their family, and the community. 24 We consider that social or family support can contribute so that this vulnerability does not represent a predisposing condition to violence.…”

“…4,[8][9][10] In the literature, inconsistencies were identified in the results concerning the characteristics of violence against boys and girls, probably due to the different age ranges analyzed, outcomes of interest, sample size, and study designs. 4,[11][12][13][14][15] The multiple forms and variations of violence against children also make it difficult to measure the problem, in addition to the underreporting of cases, [16][17][18][19] impacting on the relationships of vulnerability and conducts of the professionals.…”

Perspectiva dos profissionais de unidades básicas de saúde sobre a ocorrência de maus-tratos infantis / The professionals of basic health units’ perspective of the children mistreatment

“…Apesar de o ato violento levar à criança ao hospital deve-se pensar que a repetição deste ato leva à gravidade da lesão. 6 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.4, p. 41651-41665 apr 2021 Estudo de Farias concluiu que das 498 fichas de notificação analisadas, 60% estavam entre os dois e cinco anos e que a maioria das denúncias partiram da área da saúde. Neste sentido acredita-se que uma das formas de minimizar esses danos seja a intervenção da atenção básica com a tomada de decisão por profissionais das Unidades Básicas de Saúde guiada pela notificação ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que em linhas gerais coleta e dissemina dados referentes ao agravo da condição, entre os quais se destaca os maus-tratos.…”

Violência contra crianças e adolescentes: notificação como exercício de poder e resistência contra o agressor

“…A importância da realização da notificação da violência pelos profissionais de saúde decorre, principalmente, do pacto de silêncio que comumente se faz presente na família, dificultando o enfrentamento da situação. Assim, as vítimas por vergonha, medo, ou por sentirem-se culpadas, não expõe a agressão sofrida, cabendo assim aos profissionais assumirem a responsabilidade em proteger as vítimas e romper com o silêncio ( Santomé, Leal, Mancia & Gomes, 2018) De acordo com a Legislação brasileira, todas as modalidades de violação aos direitos da criança e do adolescente são plausíveis de notificação, seja violência física, psicológica, sexual ou negligência. Mais recentemente, por meio da Portaria MS/GM nº.…”