Este estudo teve como objetivo analisar, se os conteúdos trabalhados no curso de graduação das áreas da saúde, educação e direito de uma Instituição Federal de Ensino Superior do Brasil, possibilitam a formação do estudante de graduação para lidar com a violência e exploração sexual na prática profissional. Trata-se de uma pesquisa documental em planos de ensino de seis cursos de graduação, a saber: Enfermagem, Educação Física, Medicina, Psicologia, Pedagogia e Direito O projeto derivado dessa pesquisa, foi aprovado sob parecer CAAE: 49775415.8.0000.5324. Foram analisados vinte e quatro planos de ensino, segundo as variáveis: disciplina, curso, carga horária, semestre ofertado e conteúdo abordado. Pode-se constatar que, apenas seis planos contemplam a temática violência. Conclui-se a necessidade premente de um maior comprometimento das Instituições de Ensino Superior, na formação e qualificação profissional, em relação ao enfrentamento de situações de violência contra crianças e adolescentes. O conteúdo referente à obrigatoriedade legal do profissional em identificar, diagnosticar, notificar e encaminhar os casos de violência que chegam aos serviços que atendem crianças e adolescentes, deveria ser introduzido já na formação acadêmica; observou-se, entretanto, a partir dos resultados que essa prática não ocorre na maioria dos cursos.