O estudo investigou as variáveis que afetam o desempenho da carteira de investimento das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) no Brasil. Para alcançar o objetivo foi analisado o Índice de Sharpe de 310 EFPC brasileiras entre o período de 2011 a 2018. Na primeira etapa foram analisadas as variáveis Tamanho, Número de Participantes Ativos, Idade, Taxa Administrativa, Taxa de Carregamento, Diversificação e Risco. Na segunda etapa, as variáveis Taxa Administrativa e Taxa de Carregamento foram excluídas dos testes, em função do elevado número de missing values. Com base nos resultados constatou-se que, em média, o desempenho das EFPC no período foi positivo em relação ao benchmark. Entretanto, o prêmio pelo risco médio anual apresentou valores negativos durante alguns períodos. Na análise do efeito das variáveis, observou-se indícios de que a Idade, a Diversificação, o Risco e a Taxa Administrativa afetam o desempenho das EFPC. Por um lado, os resultados sugerem que a diversificação apresentou relação positiva com a performance ajustada ao risco; por outro lado, entidades que assumiram maiores riscos em períodos com menor remuneração dos títulos do governo tenderam a apresentar menor retorno ajustado ao risco. Tais resultados sugerem que as variáveis que afetam o desempenho apresentam efeitos diversos, o que passa a depender da necessidade das EFPC frente às suas metas atuariais.