O ano de 2020 se encaminha para ser um momento paradigmático na história do sistema internacional. A pandemia global
contribuiu para esclarecer as dinâmicas de poder que permeiam as relações entre os Estados. São observáveis práticas
de cooperação, assim como políticas que priorizam o interesse nacional das unidades sistêmicas. Com relação à China, o
país vem promovendo o que ficou conhecido como “diplomacia das máscaras”, com a intenção de mitigar os efeitos da
pandemia em sua imagem internacional. Diante desse cenário, este artigo tem como objetivo analisar as estratégias de
cooperação e autopromoção dos chineses, observando os efeitos temporários e duradouros da pandemia, as estratégias
de promoção da imagem e do soft power do país no cenário internacional. Nesse sentido, a hipótese da pesquisa é que
as estratégias chinesas para promover seu soft power se transformaram durante a pandemia, e sua diplomacia passou
a ser mais assertiva em defesa da sua imagem e das narrativas a seu respeito.