Introdução: O cigarro eletrônico é um dispositivo de entrega de nicotina que ganhou popularidade desde sua criação, em 2003, tanto como método de cessação do tabagismo, quanto como uso recreativo. Sua atratividade, discrição e variedade de sabores despertam curiosidade, principalmente entre adolescentes e adultos jovens. Apesar de proibida, a comercialização desses dispositivos suscita preocupações, especialmente por ainda não haver evidências claras com relação à segurança, qualidade e efeitos. Objetivo: Elucidar os efeitos que o uso do cigarro eletrônico podem causar na saúde dos usuários. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa com abordagem qualitativa descritiva com a busca de dados realizada, no período de março a outubro de 2023, nas bases Scielo, PubMed e LILACS. Utilizou-se os descritores, em inglês e português, “cigarro eletrônico", “nicotina”, “efeitos”, "saúde ", não “bucal”, não “dental”, não “grávida”, não “cessação de tabagismo”. Resultados: Inicialmente, 2.227 artigos foram identificados, sendo selecionados 24 estudos após os critérios estabelecidos. Discussão: Ainda que, aparentemente, o cigarro eletrônico seja inofensivo e menos tóxico que cigarro tradicional, a maioria dos artigos analisados relataram modificações orgânicas patológicas e uma relação prejudicial em diversos sistemas do corpo com alterações, principalmente, pulmonares e cardiovasculares, além de outros efeitos como hemodinâmicos, imunológicos, neoplásicos e toxicológicos. Conclusão: Há evidências que o uso do cigarro eletrônico causa danos à saúde, embora os dados acerca do assunto sejam limitados. Dessa forma, portanto, são necessários mais estudos a respeito do uso dos cigarros eletrônicos, visando, sobretudo, avaliar o impacto a longo prazo, a segurança, regulamentação e saúde pública.