Suplementos nutricionais, supostamente, capazes de potencializar a produção endógena de óxido nítrico (NO) têm experimentado crescente popularidade entre os indivíduos fisicamente ativos. Diante da carência de informações sobre o assunto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de um suplemento comercial à base de proteínas e aminoácidos sobre a produção endógena de NO. Métodos: A amostra foi constituída de 12 homens sedentários, mas sem fatores de risco para doenças cardiovasculares. O protocolo de suplementação foi conduzido conforme o arranjo experimental duplo-cego cruzado.
ABSTRACTNutritional supplements, theoretically able to increase endogenous nitric oxide (NO) production have experienced great popularity among physically active individuals. Aim: scientific evidence available regarding this issue is scarce. Therefore, the purpose of this study was to evaluate the effect of a dietary supplement commercialized as a nitric oxide booster. Materials and methods: twelve sedentary men with no risk factors for cardiovascular diseases were supplemented with placebo or protein in two different occasions. The present study was conducted in a cross double-blind design. In order to assess plasmatic NO concentration, blood samples were obtained before (24hs and immediately before) and after (30 and 60 minutes) consumption of placebo (PLA) or protein supplement (SP
INTRODUÇÃOOs mecanismos responsáveis pela hipertrofia muscular, em resposta ao treinamento de força, não estão, totalmente, elucidados (1) . Estudos recentes sugerem que esse tipo de exercício promove o acúmulo de substâncias (ex.: lactato) no meio intra e extracelular, que seriam capazes de desencadear a ativação do sistema simpático e a liberação de hormônios hipofisários (2,3) . O acúmulo desses metabólitos seria responsável por traduzir a sobrecarga utilizada no treinamento em estímulo para a síntese proteica adaptativa (4) . Vale ressaltar que não existem estudos que relacionem o efeito das alterações agudas no perfil hormonal/metabólico em resposta ao treino de força e a adaptação crônica (longo prazo) induzida por esse tipo de treinamento físico (2) . Nesse contexto, várias teorias foram elaboradas para explicar como essas respostas agudas estimulariam a hipertrofia do músculo esquelético. Considerando os possíveis mecanismos fisiológi-cos envolvidos nesse processo, alguns autores propuseram a hipótese da supercirculação. Esta sugere que o incremento do fluxo sanguíneo para o músculo seria um dos estímulos que poderiam potencializar a hipertrofia (5) . No caso do treinamento de força, esse aumento na circulação ocorreria, predominantemente, ao término do exercício. Essa resposta resultaria em maior aporte de nutrientes e hormônios para o músculo, bem como a remoção acelerada de subprodutos do metabolismo.O NO é um vasodilatador endógeno que tem sido investigado, com crescente interesse, devido a seu possível envolvimento nos efeitos cardioprotetores promovidos pelo exercício (6) . Com base na hipótese da supercirculação, suplementos nutri...