Objetivo: Caracterizar o perfil clínico-epidemiológico – com base em parâmetros de capacidade respiratória funcional, dispneia, gravidade e características sociodemográficas – dos pacientes com DPOC acompanhados em um centro de referência em pneumologia de Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional e transversal, pautado na aplicação de questionário padronizado – Modified British Medical Research Council (mMRc), avaliação de prontuário e espirometria de pacientes previamente diagnosticados com DPOC no setor de Pneumologia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). Resultados: Um total de 46 pacientes foram analisados obtendo-se um perfil de idosos do sexo feminino (63%) que possuíram ou possuem hábitos tabágicos (78,3%) e outras comorbidades, prevalentemente, de origem cardiovascular. Para avaliar a escala do Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) dos pacientes, o mMRC foi aplicado em conjunto com o número de exacerbações anuais da doença e classificados em A (52%), B (19,5%), C (2,1%) ou D (26%). Quanto a gravidade da doença, o Valor Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) esteve menor que 50% do valor predito em mais de 70% dos pacientes, com isso, considerados grave ou muito grave. Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes enquadra-se aos estudos mundiais, com exceção da prevalência de mulheres em detrimento dos homens. Os pacientes possuem, relativamente, uma média qualidade de vida pautando-se pelo mMRC. Por outro lado, quanto a gravidade da doença, tem-se destaque para os pacientes com DPOC grave e muito grave.