A produção de tiquira (aguardente de mandioca) pode beneficiar os produtores rurais e incentivar a cadeia produtiva por resultar em um produto de alto valor agregado. Neste contexto, o estudo buscou investigar a caracterização organoléptica, físico-química e toxicológica da cachaça de tiquira comercializada no mercado Ver-o-Peso localizado em Belém-PA. As amostras do presente estudo foram analisadas nas dependências laboratoriais do Centro Universitário da Amazônia- UNIESAMAZ. Foram utilizadas 3 amostras denominadas A, B e C das cachaças de tiquira para cada análise. Na caracterização organoléptica C apresentou corpo estranho e B e C apresentaram coloração imprópria, quanto as demais definições (estufamento, vazamento, odor e gás) as amostras revelaram-se em acordo com os padrões estabelecidos pelo MAPA. Os resultados obtidos nas análises Físico-químicas foram de °Brix 14,86, 13,96 e 14,93, pH de 5,08 , 5,15 e 5,44, teor alcóolico de 41% a 42% a 20°c (%v/v), acidez total de 0,195g/100g, 0,063g/100g e 0,234g/100g, acidez fixa 0,07g/100g, 0,13g/100g e 0,2g/100g, acidez volátil de 304,8mg ac. acético/100ml, 159,5mg/100ml ac. acético e 80,9mg ac.acético/100ml, densidade de 0,5068g/ml, o,9504g/ml e 0,9457g/m e teste qualitativo de proteínas ausentes. Quanto aos resultados toxicológicos de metemoglobina in vitro os resultados mostraram-se positivos para todas as amostras. As análises deste estudo mostram-se importantes quanto à produção de alimentos e bebidas artesanalmente, visto que há pouca fiscalização quanto à produção de bebidas vendidas em feiras ao ar livre. Por ser uma cachaça artesanal produzida em alambiques à tiquira pode sofrer contaminações no processo de produção, no entanto tais análises oferecem uma alternativa para fiscalização, avaliação das suas características químicas, além de ter como finalidade a proteção da saúde pública dos consumidores.