Esta pesquisa analisa tendências de extremos climáticos de temperatura na região sul do Brasil (SB), baseada em oito índices, quatro absolutos (maiores e menores temperaturas máximas (TX) e mínimas (TN) anuais) e quatro em percentis (porcentagem de dias com TX e TN inferiores ao percentil 10, e de dias com Tmax e Tmin superiores ao percentil 90), calculados a partir de séries de dados observados em alta resolução espacial de 0.25°x0.25°, no período 1980-2016. O teste de Mann-Kendall (MK) foi usado para analisar a significância das tendências, em °C/década. Resultados mostraram aumento da intensidade e frequência de extremos no SB, com tendências negativas generalizadas dos extremos absolutos de TN, e positivas dos extremos absolutos de TX, podendo-se inferir desse resultado uma dilatação da amplitude térmica diária no período. Os extremos norte e sul do SB mostram tendência negativa no número de dias e noites frias, ao passo que a área central do SB mostra tendências positivas no número de dias e noites frias, e negativas no percentual de dias e noites quentes, com a exceção ocorrendo na periferia da região SB. No entanto, os resultados apresentados devem servir de alerta para o gerenciamento de uma das mais importantes atividades econômicas do SB, a agricultura, com especial atenção para culturas de inverno em relação ao aumento/diminuição do número de horas de frio.