Este artigo discute o papel crucial do georreferenciamento na regularização fundiária e na segurança da posse da terra, especialmente no contexto da agricultura familiar no Brasil. A incerteza sobre a propriedade da terra é um desafio para pequenos produtores, limitando seu acesso a políticas públicas e a recursos financeiros. O georreferenciamento, com o uso de tecnologias como GPS e sistemas de informações geográficas (SIG), permite delimitar as propriedades de forma precisa, gerando a documentação necessária para a regularização. A Lei nº 10.267/2001 exige o georreferenciamento para a obtenção do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), fundamental para a regularização. No entanto, os pequenos produtores enfrentam obstáculos como a falta de recursos e conhecimento técnico para adotar essa tecnologia. O artigo explora os benefícios do georreferenciamento, como maior segurança jurídica, gestão eficiente da terra e apoio à sustentabilidade agrícola. Também aborda as dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores, destacando a burocracia e a falta de capacitação. A necessidade de iniciativas de apoio técnico e capacitação é ressaltada como uma forma de superar esses desafios. Estudos de caso apresentados demonstram como o georreferenciamento pode melhorar a gestão da terra e promover a inclusão socioeconômica. O artigo conclui que, além de ser uma exigência legal, o georreferenciamento é uma oportunidade de transformação para os pequenos produtores, com o potencial de promover o desenvolvimento rural sustentável, melhorar a segurança da posse da terra e aumentar a inclusão socioeconômica.