Cinética ruminal de forrageiras tropicais submetidas ou não a sistema de irrigação

Abstract

RESUMO: Avaliou-se a composição química e a cinética de fermentação ruminal de quatro espécies forrageiras submetidas ou não à irrigação. As espécies avaliadas foram Urochloa brizantha cv. MG5 (MG-5), Andropogon gayanus (Andropogon), Urochloa humidicola (Humidicola) e Digitaria umfolozi (Digitaria umfolozi). O experimento foi conduzido na fazenda experimental Campus Rural, São Cristóvão, SE. Observou-se diferença significativa (P<0,0001) nos teores de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), carboidratos não fibrosos (CNF), hemicelulose, fibra em detergente ácido (FDA), celulose e lignina. O capim Andropogon apresentou maiores teores de MS, MO, PB, FDA e lignina. O capim MG-5 apresentou maiores teores de CNF e celulose. Observou-se diferença significativa (P=0,0002 e P=0,0004) na taxa de desaparecimento da MS e MO, respectivamente. Já, as espécies D. umfolozi e Humidicola apresentaram os maiores percentuais de desaparecimento da MS e MO, sendo que as forrageiras irrigadas foram maiores que as não irrigadas. Observou-se diferença significativa no volume acumulado de gás, onde os capins Andropogon e MG-5 apresentaram maiores valores que os demais. Também foi observada diferença significativa nos parâmetros fermentativos, sendo que o capim Andropogon apresentou menores volumes e taxas de produção de gás das frações de rápida e lenta degradação, bem como maior lag time. A irrigação não afeta os parâmetros fermentativos das forrageiras e reduz o teor de matéria seca e proteína bruta das mesmas. O capim Andropogon apresenta maior teor proteico e de lignina, e menor teor de carboidratos não fibrosos, o que resultou em redução dos parâmetros fermentativos e da produção de gás acumulada ao longo do tempo. O capim Humidicola apresenta maior volume de gás produzido, bem como, maior volume de gás oriundos das frações de alta e baixa degradabilidade, e as maiores taxas de produção de gás dessas frações.Palavras-chave: Andropogon gayanus, degradação ruminal, lag time.

Forage Accumulation and Nutritional Characteristics of Brachiaria Cultivars Grown in a Semi-arid Environment

“…The DM content of a forage plant is a consequence of its momentary physiological stage in response to environmental conditions (Campos et al, 2016). Accordingly, low water availability in the soil reduces the amount of water in the plant tissues (Oliveira et al, 2017). This was evidenced by the higher DM contents recorded in the dry and transition periods and lower values found in the rainy season for all forage cultivars evaluated (Figure 2b).…”

“…Fraction D corresponds to the degradation of fibrous carbohydrates (Oliveira et al, 2017). Thus, larger volumes of gas produced from the V fl fraction positively correlate with NDF and fiber quality in a forage plant, which can strongly indicate pasture quality.…”

Production Potential and Quality of Panicum maximum Cultivars Established in a Semi-Arid Environment

“…Among the many existing ruminant-production models, animals raised on pasture stand out as the most practical and economic systems (Porto et al, 2017). However, in semi-arid environments, this activity is strongly affected by long periods of drought that compromise animal husbandry on pasture (Oliveira et al, 2017). Irregular rainfall distribution can lead to changes in forage plant growth (Magalhães et al, 2012).…”

Superação da dormência em sementes de >i<Panicum maximum>/i< Jacq.: seleção de métodos para aplicação em escala industrial

“…Há indícios de que o fenômeno da dormência, em sementes de plantas forrageiras tropicais, é complexo e envolve vários fatores. SIMPSON (1990) 1988) ou a desestruturação do pericarpo pela imersão em ácido sulfúrico concentrado (GROF, 1968;McLEAN & GROF, 1968;JARK FILHO, 1976;ATALLA & TOSELLO, 1979;WlllTEMAN & MENDRA, 1982;CRUZ & TAKAKI, 1983;OLIVEIRA & MASTROCOLA, 1984;GOEDERT, 1985;ELLIS et al, 1985;WEST & MAROUSKY, 1989;FREITAS et al, 1990;BRASIL, 1992;GARCIA & CÍCERO, 1992e MAEDA, 1995. Tais fatos sugerem relações diretas dessas estruturas com a dormência, da mesma forma que a constatada em arroz (ROBERTS, 1982e SESHU & SORRELIS, 1986.…”