A síndrome metabólica é transtorno complexo, caracterizada por conjunto de fatores de risco cardiovasculares, relacionados com resistência à insulina e obesidade abdominal. A obesidade provoca alterações no metabolismo da glicose em vários tecidos, o que promove hiperinsulinemia -apesar de também haver outros mecanismos reduzidos na reciclagem hepática de insulina. Atualmente, estima-se que 24% da população adulta dos EUA e entre 50 e 60% na população acima de 50 anos possuem essa síndrome e algumas projeções indicam que, em 2010, os EUA terão de 50 a 75 milhões de pessoas afetadas 3,4,14,16 . Por proposta feita pela Organização Mundial de Saúde, define-se síndrome metabólica quando o indivíduo possuir dois ou mais dos seguintes componentes 5,7: 1) glicemia de jejum > 125 mg/dL, glicemia aleatória > 200 mg/dL ou com um TOTG > 200 mg/dL ou 140 -200 mg/dL com sintomas clássicos de hiperglicemia; 2) pressão arterial elevada (>130/>85 mmHg); 3) triglicerídeos plasmáticos elevados (> 1,7 mmol -150mg/dL); 4) colesterol HDL baixo (< 40 para homens e < 50 para mulheres); 5) obesidade central (relação cintura/quadril > 0,9 para homens e > 0,8 para mulheres) e/ou índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 Kg/m²; 6) microalbuminúria >15 µg/min ou relação albumina/creatinina urinária >30 mg.Outros componentes estudados nesta síndrome também foram relacionados com a resistência à insulina e/ou tendem a agrupar-se com a síndrome principal, entre eles: hiperuricemia, proporção aumentada de LDL pequena e densa, aumento da concentração de lipoproteínas remanescentes, distúrbios da coagulação e da fibrinólise (elevação do fibrinogênio), disfunção endotelial, inflamação da parede arterial, angina microvascular e síndrome de ovários policísticos 14,18 . Outros grupos de especialistas apresentaram outras versões para a definição da síndrome (três itens ou mais), como o Programa Nacional de Educação em Colesterol