A urbanização representa uma ameaça à biodiversidade, já que a área construída difere substancialmente do ambiente natural. Portanto, é necessário produzir dados ecológicos para uma gestão urbana mais conservacionista, i.e., que objetiva promover e manter a biodiversidade. Nesse sentido, realizamos uma documentação arbórea em 10 áreas florestais urbanas, i.e., reflorestamentos, florestas regeneradas e remanescentes de Mata Atlântica Estacional Semidecidual, de Presidente Prudente, oeste do estado de São Paulo, sudeste do Brasil. Usando o método de ponto-quadrante, bem como diferentes índices de diversidade, constatamos uma considerável riqueza e diversidade de espécies arbóreas nativas em reflorestamentos, sobretudo em remanescentes. Em um desses remanescentes há inclusive uma espécie arbórea ameaçada de extinção. Contudo, há florestas regeneradas cujas árvores são de uma única espécie exótica, a qual tem atributos de invasora. O estado fitossanitário de muitas dessas árvores sugere um proeminente potencial de alastramento. Os remanescentes de florestas urbanas são referências prioritárias para ações de conservação voltadas a promover e manter biodiversidade na cidade.