Classificação Ambiental Dos Fragmentos Florestais Da Área Rural Do Município De Maringá-Pr, Brasil: Primeiras Etapas

Abstract

O Estado do Paraná sofreu grande degradação de suas florestas, sendo a Floresta Estacional Semidecidual a mais afetada. Essa degradação ocasionou uma fragmentação florestal que causa prejuízos para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental. O presente artigo demonstra a metodologia e os resultados das primeiras etapas de um protocolo para avaliar a qualidade dos remanescentes florestais nativos na área rural do município de Maringá-PR, Brasil. O protocolo visa ser uma ferramenta para determinações de políticas públicas de conservação ambiental, classificando os remanescentes florestais (fragmentos) em níveis de importância para conservação ambiental. No presente trabalho, se quantificou e qualificou por meio de sensoriamento remoto, cálculo de índices e métricas da paisagem, e avaliação de atributos físicos e biológicos todos os fragmentos. Verificou-se uma área rural com cobertura florestal de 9,81%, constituída por 161 fragmentos, sendo a maioria pequenos (menores que 50 ha) e com baixa conectividade.

Análise multicriterial na definição de áreas prioritárias à conservação florestal em São Félix do Xingu – PA

“…As respectivas ponderações foram semelhantes as realizadas por Sampaio et al (2018), em seu estudo na classificação ambiental de fragmentos florestais. Onde fragmentos maiores e com APP obtiveram maior ponderação em comparação com a conectividade.…”

“…A maior ponderação para fragmentos com tamanhos maiores pode ser explicada pelo fato de poderem abrigar uma maior quantidade de espécies, com um maior nível de interação (cadeias ecológicas), mantendo a biodiversidade local. Sampaio et al (2018) ainda ressaltam que fragmentos maiores podem servir como fontes de espécies para a recolonização de áreas. Assim como fragmentos maiores e menos recortados são mais preferíveis para a conservação, por apresentar menores proporções de borda-área (Teixeira et al, 2018).…”

“…Também foi notável o aumento do número de fragmentos e diminuição da área total à medida que o nível de prioridade diminui (Tabela 03), isso reflete no processo de fragmentação que ocorre nessas áreas. Sampaio et al (2018) Por outro lado, esses pequenos fragmentos são ao mesmo tempo fonte de propágulos para a regeneração de novas áreas abandonadas (Rodrigues et al, 2017 Além do tamanho do fragmento, as APP também foram determinantes na definição das áreas mais prioritárias. De forma que, à medida que grandes fragmentos possuíam maior quantidade de APP, mais prioritários se tornavam, ao contrário de fragmentos com menor área, que apresentavam valores baixos de APP (Tabela 04).…”

“…Ocorrendo o aumento da proporção de áreas de borda, em que a área central de um fragmento, aquela não afetada pelo efeito de borda, pode ser a única adequada para certas espécies. (Sampaio et al, 2018;Winagraski et al, 2018).…”

Análise Do Uso E Cobertura Da Terra Na Bacia Hidrográfica Do Rio Mocajuba-Pa

“…A expansão acelerada dessas ocupações sem planejamento ocasiona inúmeros processos prejudiciais aos ecossistemas naturais, como erosão, assoreamento de cursos d'água, infertilidade do solo, perda de biodiversidade e fragmentação florestal (SAMPAIO et al, 2018). Essas degradações acabam por acentuar a fragilidade natural do ambiente, rompendo o estado de "equilíbrio dinâmico" e acarretando o declínio da resiliência desses ecossistemas (SPINELLI et al, 2016;VALLE et al, 2016).…”