Considerando-se o crescimento das cidades, muitas estações anteriormente localizadas em áreas rurais se encontram atualmente incorporadas às áreas urbanas, refletindo algumas tendências de aumento ou declínio dos elementos climáticos. O presente trabalho tem por objetivo averiguar a condição da cobertura e uso do solo próxima às estações meteorológicas, tendo como recorte amostral a rede de estações meteorológicas (convencional e automática) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Para tanto, as estações meteorológica foram interceptadas por imagem de luzes noturnas estabilizadas na superfície, classificadas em áreas urbanas, semiurbanas e não urbanas. Do total de 710 estações meteorológicas do INMET, 381 estão localizados em áreas urbanas (53,7%), 254 em áreas semiurbanas (35,8%) e 75 em áreas não urbanas (10,6%), indicando que os dados meteorológicos registados atualmente sofram a influência de zonas urbanizadas. Contudo, essa proporção varia entre as regiões brasileiras e, principalmente, entre as estações do tipo convencional e automática.Palavras chave: mudanças, clima, estações, meteorológicas, cobertura.
IntroduçãoO conhecimento do estado e da variabilidade dos elementos climáticos é uma necessidade do homem desde os tempos remotos, uma vez que o planejamento das atividades de caça, cultivo e deslocamento dependiam (e dependem) diretamente da condição do tempo e do clima. Nos primórdios, referências aos elementos climáticos eram explicadas e justificadas pelo misticismo e, posteriormente, estimadas com base em observações indiretas feitas em descrições e relatos de naturalistas e viajantes, principalmente das grandes explorações geográficas promovidas pelos europeus a partir do século XV.