“…Com o uso de testes de autorrelato, as pesquisas indicam que criminosos sexuais apresentam tendências manipuladoras e impulsividade, envolvimento com vários crimes (Davis, 2017;Flores-Mendoza, 2008;Hackett, Masson, Balfe & Phillips, 2013), baixa autoestima e narcisismo explícitos (Pettersen, Nunes, Kostiuk, Jung & Atlas, 2016;Sullivan & Sheehan, 2016), sintomas depressivos, déficit de empatia, de interação social (Wielinga, Margeotes & Olver, 2019) e distorções cognitivas (Rodrígues & Pérez, 2016;Ward & Keenan, 1999;Wielinga et al, 2019). Comumente percebem-se como vulneráveis, incompreendidos por outros adultos, com direito a sexo; se identificam emocionalmente com crianças, acreditam que as elas representam uma opção de intimidade, que as relações sexuais são mutuamente benéficas (Heffernan & Ward, 2015;Ward & Keenan, 1999) e que os desejos das crianças precisam ser satisfeitos (Sullivan & Sheehan, 2016), valendo-se assim das vantagens da proximidade e intimidade com a vítima, quando a violência sexual é perpetrada pelo pai ou padrasto (Hackett et al, 2015;Scortegagna & Villemor-Amaral, 2009;Sullivan & Sheehan, 2016;South Eastern Casa, 2017).…”