(1) . As limitações dos programas de TX, dificultando-os na maioria das vezes em caráter de urgência, envidam que sejam procuradas alternativas para o TX (2) ou ainda pontes para transplante, incluindo pontes farmacológicas, apesar das limitações (3) , dispositivos mecânicos de assistência cardiocirculatória (4,5) , cardiomioplastia (6,7) , valvuloplastia mitral (8) e ventriculectomia parcial Frota Filho J D, Lucchese F A, Blacher C, Leães P E, Halperin C, Lúcio E A, Pereira W, Sales M, Lunkenheimer P P, Redmann K, Vargas L E, Stuermer R, Lobo R, Moreira F, Bueno A P, Jung L A -Ventriculectomia parcial esquerda: ponte para transplante? Rev Bras Cir Cardiovasc 2000; 15 (4): 320-7.
RESUMO: Objetivo: Analisar os resultados e a viabilidade da ventriculectomia parcial esquerda (VPE) como ponte para transplante cardíaco (TX).Delineamento: Estudo de coorte histórica e prospectivo. Casuística e Métodos: Cinquenta e três pacientes (pts) foram submetidos a VPE em um período de 5 anos. Destes, 7 pts com contra-indicação inicial ao TX, idades variando de 37 a 64 anos, 5 homens e 2 mulheres, com miocardiopatia dilatada, foram subseqüentemente relistados e transplantados. Foram analisados a fração de ejeção (FE), o diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDFVE), a CF da NYHA, o consumo máximo de oxigênio (VO 2 máx) e os escores de qualidade de vida (QV) antes da VPE, aos 3 e 6 meses, e pré-transplante.Resultados: Os valores expressos a seguir referem-se, respectivamente, àqueles obtidos antes da VPE, aos 3 e 6 meses e antes do TX. Variação da CF da NYHA: 3,71±0,49, 2,57±1,13 (p=0,011), 3,0±1,29 e 3, 86±0,38. Evolução da FE: 25,17±6,15, 35,5±8,41 (p=0,013), 32,33±7,12 e 26,17±3,76. Variação do DDFVE: 79,16±10,85, 67,66±9,2, 65,83±9,57 e 64,25±8,99. O VO 2 máx era de 8,12±3,47 antes da VPE e de 13,2±7,75 aos 6 meses (p=0,068). Variação dos escores de QV: 4,29±1,25, 3,0±1,41 (p=0,050), 3,29±1,8 e 4,57±1,13. Foram transplantados 7/53 pts (13,20%). A sobrevida, até a data do transplante, variou de 7 a 37 meses (18,71±11,78 meses). O seguimento foi de 100%.Conclusão: A curto prazo melhoraram a CF da NYHA, a QV, o VO 2 máx, o DDFVE e a FE dos pts. Estes resultados sugerem a possibilidade da indicação da VPE como ponte para TX. Entretanto, a mortalidade elevada no primeiro semestre pós-operatório limita a sua indicação rotineira como ponte para TX. Estudos futuros poderão validar ou não esta possibilidade.