Objective: To determine the prevalence of drug interactions in intensive care units and to analyze the clinical significance of interactions identified. Methods: A multicenter, retrospective and cross sectional study conducted with 1124 patients in the seven intensive care units of teaching hospitals in Brazil. Information on drugs administered at 24 hours and 120 hours of hospitalization was obtained from the prescriptions. Results: Within 24 hours, 70.6% of patients had at least one drug interaction; the number at 24h was 2299, at 120 h it was 2619. Midazolam, fentanyl, phenytoin and omeprazole were the drugs with higher frequency of drug interactions. Conclusion: In this sample, moderate and severe drug interactions were more prevalent. In light of these findings, all actions of health professionals who provide care to these patients must be integrated in order to identify and prevent possible drug events.
ResumoObjetivo: Determinar a prevalência de interações medicamentosas em Unidades de Terapia Intensiva-UTI brasileiras e analisar seu significado clínico. Métodos: Estudo multicêntrico, retrospectivo, desenvolvido com 1.124 prontuários em sete UTI de hospitais de ensino brasileiros. As informações sobre os medicamentos prescritos e administrados em pacientes com 24 horas e 120 horas de internação foram obtidas baseadas nas prescrições. Resultados: Em 24 horas, 70,6% dos pacientes de UTI tinham, pelo menos uma interação medicamentosa. O número total de interações detectadas foi de 2.299 em 24 horas, e 2.619 em 120 horas. Midazolam, Fentanyl, Phenytoin e Omeprazole foram os medicamentos que apresentaram maior frequência de interação medicamentosa. Conclusão: Na amostra estudada, as interações medicamentosas graves e moderadas foram mais prevalentes. Neste sentido, todas as ações dos profissionais de saúde que prestam cuidados a esses pacientes devem ser integradas no intuito de identificar e prevenir possíveis eventos com medicamentos.