Objetivo: Há uma compreensão limitada sobre peculiaridades no cuidado à saúde de minorias sexuais e de gênero (MSG). Este estudo objetivou discutir as necessidades clínicas e principais barreiras da população transgênero e homoafetiva no cenário da ginecologia. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, das bases de dados on-line: MEDLINE, SCIELO e LILACS dos últimos cinco anos, utilizando-se a pergunta norteadora: “Quais as recomendações atuais para o cuidado à saúde em ginecologia para homens transgênero e mulheres homoafetivas, quanto à proteção à saúde e prevenção de doenças?” Resultados: Ao final das buscas, 13 publicações atenderam aos critérios de elegibilidade e foram selecionadas para compor o estudo. Foram revisadas as recomendações específicas para promoção à saúde de homens transgênero e mulheres homoafetivas, quanto à consulta ginecológica, prevenção de câncer, ISTs e planejamento reprodutivo. O conhecimento das necessidades de saúde permite desenvolver uma prática acolhedora e inclusiva para as pessoas de MSGs. O aumento da educação e treinamento entre provedores e profissionais de saúde e melhorias gerais no sentido de compreender as barreiras à triagem de saúde e à captação de recursos de saúde podem reduzir algumas disparidades. Conclusão: Os profissionais de saúde devem se familiarizar com as necessidades únicas de atenção à saúde de pessoas que se identificam como homens transgêneros e mulheres homoafetivas. Diversos determinantes sociais podem influenciar o atendimento ginecológico de MSGs, podendo gerar disparidades de saúde nesses grupos marginalizados.