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ResumoA realização de elevadas taxas de sucesso em implantodontia está diretamente ligada à presença de volume de tecido ósseo adequado, que permiti e mantém a osseointegração dos implantes dentários. O objetivo deste trabalho foi apresentar o caso clínico da paciente, com agenesia do dente 12, decorrente da fissura lábio-palatina. Devido ao defeito ósseo e mucoso na região, foi planejada a realização da técnica de regeneração óssea guiada, associando a utilização de osso autógeno, plasma rico em plaquetas (PRP) e membrana de politetrafluoretileno expandido (PTFE-e, Gore-Tex) realizado em 2005. Após 9 meses, nova avaliação foi realizada, porém a área estava inadequada para o posicionamento do implante, optou-se por um novo enxerto, agora alógeno. E após mais 9 meses foi instalado o implante. Aguardou-se 6 meses até a reabertura, para o implante entrar em função por meio de uma coroa metalocerâmica. Passados 5 anos de controle a paciente apresentou uma fístula com secreção purulenta na parede óssea vestibular, controlada com terapia medicamentosa, e após alguns anos, pelo exame clínico e tomográfico, sugeriu-se comunicação com a cavidade nasal direita, porém regrediu e está sendo preservada até os dias atuais, com o implante osseointegrado em função, sem sintomatologia. O enxerto ósseo autógeno ainda é superior em relação ao alógeno. Outros estudos são necessários para melhores avaliações.
ABsTRACTThe high dental implant success rate is directly linked to the presence of adequate bone volume, which enables and maintains the osseointegration of dental implants. This study aimed to report a clinical case of a female with agenesis of the right maxillary lateral incisor (12), due to cleft lip and palate. Because the bone and mucosal defects of the area, the treatment planning comprised guided bone regeneration with the association of autogenous bone, platelet rich plasm (PRP), and expanded polytetrafluoroethylene membrane (e-PTFE,Gore-Tex), performed in 2005. After nine months, a new evaluation was carried out and revealed that the area was still not suitable for implant placement. Thus, an allogenous bone graft was planned. Elapsed another nine months, the implant was placed. After six months, the implant was reopened and a metal-ceramic crown was installed.The 5-year following-up appointment showed the presence of fistula with purulent secretion at the buccal cortical plate. We attempted to control the fistula with antibiotics and follow-up clinically and radiographically. The examinations suggested a communication with the right nasal cavity, which decreased until nowadays. The osseointegrated dental implant was in function, without symptomatology. The autogenous bone graft is still more effective than allogenous bone graft. Further studies are necessary to achieve better evaluations.