RESUMOObjetivos: Conhecer quais as impressões dos pais em relação ao diagnóstico do pé torto congênito e seu tratamento. Essas informações podem favorecer a persistência ao tratamento, quebra de tabus e sucesso terapêutico. Métodos: Estudo qualitativo e descritivo com 10 pais cujos filhos são portadores de pé torto congênito. A tabulação dos dados ocorreu por meio da utilização de três figuras metodológicas: ideia central, expressões-chaves e o discurso sujeito coletivo. Resultados: Quando indagados sobre a impressão gerada quando o filho foi diagnosticado com pé torto congênito, 70% referiram sentimento de tristeza, susto e preocupação, sendo que apenas 30% demonstraram uma aceitação tranquila do diagnóstico, desprovida de medo e preocupação. Quando indagados em relação ao tratamento que estava sendo feito, 100% dos pais demonstraram otimismo e satisfação com os resultados apresentados; ainda, 40% opinaram em relação ao nível de conforto trazido pelos métodos terapêuticos, e 20% citaram a importância do envolvimento de toda a equipe da saúde na abordagem terapêutica. Conclusão: Medo e preocupação foram sentimentos frequentemente apresentados, que melhoravam com a melhor elucidação por parte da equipe de saúde em relação a doença. Em relação à terapêutica, a grande satisfação por parte dos pais foi unânime.
Nível de Evidência V; Opinião de Especialista.Descritores: Pé torto; Bioética; Doenças do pé; Saúde da criança; Saúde materna.
ABSTRACTObjectives: To learn parents' impressions regarding the diagnosis of congenital clubfoot and its treatment. This information may favor persistence with treatment, breakdown of taboos and therapeutic success. Methods: A qualitative and descriptive study with 10 parents whose children have congenital clubfoot. The tabulation of the data occurred through the use of three methodological figures: central idea, key expressions and collective subject discourse. Results: When asked about impressions generated when their child was diagnosed with congenital clubfoot, 70% reported feelings of sadness, fright and worry, and only 30% showed a calm acceptance of the diagnosis, devoid of fear and worry. When asked about the treatment that was being done, 100% of the parents showed optimism and satisfaction with the results presented, 40% mentioned the comfort level brought by the therapeutic methods and 20% mentioned the importance of the involvement of the entire health team in the therapeutic approach. Conclusion: Fear and concern were common feelings, which improved with the best elucidation by the health team regarding the disease. Regarding therapy, the parents' satisfaction was unanimous. Level of Evidence V; Expert Opinion.