A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose considerada um problema de saúde pública mundial, afetando mais de 3500 pessoas anualmente em todo o Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A LV é transmitida por mosquitos infectados pelo protozoário Leishmania, predominando em regiões tropicais e subtropicais com crescente taxa de letalidade. Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma revisão dos aspectos clínico-epidemiológicos da LV no Brasil, ressaltando mudanças na distribuição geográfica da doença, sua incidência na região do sudoeste baiano, bem como revisar as atualizações na terapêutica da doença. O trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo, com as buscas feitas nas plataformas digitais: Scielo, pubmed e bibliotecas acadêmicas, assim como livros de referência na área de pesquisa. A LV tem apresentado mudanças importantes no padrão de transmissão e epidemiologia, com aumento da incidência em centros urbanos. A coinfecção LV/HIV é um problema relevante, com aumento dos casos na região Nordeste do Brasil. O tratamento da LV inclui drogas como Antimoniato N-metil glucamina, Anfotericina B e Miltefosina, com diferentes perfis de eficácia e efeitos colaterais. Embora seja uma doença que acrescentou decréscimo na incidência, ainda tem altas taxas de letalidade, tornando importante o diagnóstico precoce e tratamento eficaz com controle de complicações.