Objetivo: Avaliar a incidência de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes hospitalizados em uma unidade de terapia intensiva (UTI), em decorrência da Covid-19, sua relação com os níveis de D-dímero e outros possíveis fatores associados. Método: Estudo transversal e retrospectivo, realizado em um hospital público universitário, entre abril e junho de 2021. A amostra foi composta por pacientes ≥ 15 anos com reação da transcriptase reversa seguida pela reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) positivo para Sars-CoV-2, excluindo-se gestantes e puérperas que tiveram internamento na UTI. Os dados foram coletados e tabulados no programa Microsoft Office Excel ® e analisados com auxílio do software R Studio®. As variáveis contínuas foram expressas por média e desvio padrão, e as variáveis categóricas foram expostas em frequência absoluta (n) e relativa (%), e analisadas por Qui-quadrado, adotou-se um nível de confiança <0,05. Resultados: O estudo foi composto por 144 pacientes (61,1% do sexo masculino), com tempo de internamento médio de 14,2±10,3 dias na UTI. A incidência de trombose venosa profunda (TVP) nesses pacientes foi de 19% e 5% para tromboembolismo pulmonar (TEP). Com relação ao exame D-dímero, notou-se que o grupo com presença de TVP+TEP apresentou maior mediana. No total 31,2% pacientes foram anticoagulados. Notou-se uma relação estatística significativa entre a realização de hemodiálise e o desfecho clínico para óbito(p<0,05). Conclusão: Conclui-se que 21% dos pacientes avaliados tiveram TEV durante o internamento na UTI. O estudo contribuiu para caracterizar o perfil dos pacientes com Covid-19 internados na UTI que desenvolveram TEV, com propósito de apresentar dados consistentes que permitirão melhorar o planejamento do processo de assistência à saúde.