“…É constante e rápida a mudança do perfil socioeconômico da epidemia, principalmente no Brasil, que atualmente afeta a população mais pobre, ao mesmo tempo em que reduz a proporção homem/mulher (PARKER; SOUZA et al, 2008). Dal Fabbro et al (2005) confirmam que as características da AIDS a partir de 1990 passou da homossexualidade e da ocorrência dos grandes centros urbanos, processos que rotularam o advento dessa doença, para os processos de heterossexualização, feminização, interiorização, faixa etária jovem, baixa escolaridade e pauperização, que implicaram no crescimento dessa epidemia em todo país e nas mais distintas comunidades (DANTAS et al, 2008). A interpretação de vulnerabilidade vem introduzir questionamentos e a necessidade de respostas para a sociedade, em que são observados inúmeros aspectos que favorecem a disseminação do HIV/AIDS, dentre elas estão os indicadores de vulnerabilidade social (renda, escolaridade, acesso aos serviços), individual (conhecimento sobre HIV, mudança de comportamento relatada, habilidades) e biológica (ser do sexo masculino ou feminino) (FINKLER, 2003).…”