Introdução: Na América Latina observa-se o crescimento da parcela de idosos na população. No Brasil o grupo etário composto por pessoas acima de 65 anos cresceu de 3,5, em 1970, para 5,5% em 2000; e o censo de 2010 contabilizou mais de 20 milhões de idosos com 60 anos ou mais, e isso corresponde a 10,78% da população. Objetivamos neste estudo identificar os fatores que influenciam o sentimento de felicidade nos idosos. Material e métodos: O processo de amostragem foi realizado em dois estágios: no primeiro, selecionaram-se setores censitários e, no segundo, foram selecionados os domicílios sob o critério de partilha proporcional ao tamanho de cada setor, sendo entrevistados indivíduos residentes com 60 anos e mais, independentemente do estado conjugal ou grau de parentesco. Calculou-se as frequências absoluta e relativa para todas as variáveis em relação à felicidade por meio do teste qui-quadrado, com margem de erro aceitável de 5%. Em seguida realizou-se uma regressão logística com as variáveis que alcançaram significância estatística inferior a 0,25 (p<0,25). O modelo final ajustado conservou apenas as variáveis que atingiram o nível de 5% de significância estatística (p<0,05). O efeito do desenho amostral complexo foi considerado em todas as análises realizadas, utilizando-se o software estatístico SPSS versão 18.0. Resultados: e discussão: Participaram do estudo 2052 idosos, com idades variando entre 60 e 106 anos. A felicidade mostrou ser influenciada pelas: idade, sexo, escolaridade, estado civil, religiosidade, cuidador, ABVD, AIVD e déficit cognitivo. Considerações finais: O estudo mostrou que a felicidade em idosos pode ser influenciada por uma série de fatores e cada um deles deve ser observado com bastante atenção a fim de melhorar a qualidade de vida e bem-estar dessa população.