O acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença responsável por várias incapacidades, sendo uma importante causa de dependência e redução da qualidade de vida. Essas dificuldades costumam ter um impacto tanto para o indivíduo que teve o AVC quanto para o grupo familiar. Muitas vezes, as sequelas podem tornar-se permanentes requerendo que os cuidados da fase inicial se estendam e uma pessoa assuma esses cuidados: o cuidador. O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o cuidado requerido após um AVC, especialmente quanto às vivências do cuidador de assumir funções para as quais não está preparado, assim como o papel do Sistema de Saúde Pública nas relações com o paciente e o cuidador. Os cuidados realizados relacionam-se ao grau de incapacidade do familiar e geralmente são desempenhados por cuidadores familiares, predominantemente mulheres, esposas ou filhas. A educação em saúde é primordial e contribui para a realização do cuidado com qualidade. É preciso discutir as necessidades dos pacientes, cuidadores domiciliares e profissionais de saúde no âmbito das políticas de saúde pública.