Objetivos: descrever o perfil epidemiológico de morbidade e mortalidade por colecistite e colelitíase no Brasil e suas regiões, no período de 2012 e 2021; avaliar a tendência temporal da morbidade e mortalidade por colecistite e colelitíase no Brasil e suas regiões no mesmo período. Métodos: Estudo ecológico de série temporal com dados abertos sobre mortalidade e internações hospitalares por colecistite e colelitíase no Brasil. Foram estudados os dados no período de 2012-2021, segundo região do país, estado e causa do óbito/internação. Foram calculadas as taxas de mortalidade e internação, usando a população residente do IBGE nos locais e anos avaliados. A tendência temporal foi calculada pelo modelo JoinPoint, onde a Variação Percentual Anual (VPA) foi considerada de crescimento quando positiva, diminuição quando negativa e estacionária quando não significativa (p>0,05). Resultados: No Brasil, foram registrados 38.370 óbitos por colecistite e colelitíase de 2012-2021. A média da taxa brasileira foi de 1,86 mortes/100 mil e 118,24 internações/100 mil. O Brasil apresentou diminuição de 4,9% ao ano nas internações. O estado do Maranhão foi o único a apresentar crescimento das internações de 3,3% ao ano. Na mortalidade, sete estados apresentaram crescimento anual com destaque para Roraima com aumento de 18,7% ao ano. Na região Norte, Nordeste e Sul foi identificado aumento taxa de mortalidade de 1,9%, 2,1% e 1,3% por ano, respectivamente. Conclusão: No Brasil, foram identificadas altas taxas de morbidade hospitalar e mortalidade por colecistite e colelitíase. No tocante a tendência temporal, houve redução anual nas internações hospitalares em alguns estados e em todas as macrorregiões brasileiras e a mortalidade apresentou crescimento, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.