O uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs) tem se mostrado uma eficiente ferramenta em levantamentos de áreas de difícil acesso. Estes ambientes fazem parte da paisagem das cidades, como por exemplo: zonas industriais abandonadas, córregos, parques, espaços de ocupação informal, locais expostos a partículas tóxicas e outros. O planejamento ambiental é o dispositivo utilizado como ferramenta na qualificação dos espaços, isto é, cria diretrizes para melhorar a eficiência dos diversos sistemas urbanos. A ausência do conhecimento científico tem sido relatada por profissionais do meio ambiente e políticos no momento de embasamento do planejamento urbano (Melo et al., 2020). A Ecologia da Paisagem é a ciência que dispõe conhecimento sobre as relações sistêmicas e integradas coexistente nas cidades. Esta, busca analisar o território e estruturá-lo considerando as esferas ambientais, econômicas e sociais (VASCONCELLOS, 2015). Face ao exposto, para produzir um planejamento urbano coerente é necessário atender a etapa de levantamento. Projetos que desconsideram o uso dos dados captados pela tecnologia do sistema VANTS em áreas remotas colaboram para uma gestão urbana inconsistente que traça diretrizes especulativas. Uma vez que, não pondera a realidade local de forma holística e utiliza da subjetividade do projetista como parâmetro na tomada de decisões. Portanto, o objetivo deste trabalho é realizar um levantamento a partir do sistema VANTs em um trecho sobre um córrego urbano em Maringá-PR, na qual supõe a partir de imagens fornecidas por satélites a formação de uma erosão. O processo realizado permitiu o reconhecimento da área em questão sem necessitar o acesso da equipe. Foi adotado como metodologia o Object Oriented Photogrammetry VANT Programming, isto é, levantamento da área por fotogrametria, que fornece um arquivo digital em nuvem de pontos passível de ser exportado para outros softwares. Assim, relatou que o dispositivo é eficaz para as engenharias, principalmente por fornecer informações coerentes sobre o sítio, como mapas verificáveis que apontam a densidade vegetal, bem como sobre declividade e ainda disponibilizar fotografias aéreas. O resultado encontrado foi satisfatório e necessário para constatar que o escoamento superficial de água pluvial está provocando a movimentação de terra, criando erosões no encontro da margem com o leito e assoreamento, ou seja, o transporte e acúmulo de sedimentos, no caso no eixo do córrego; conformando uma espécie de duplicação do corpo d’água. Além disto, constatou que a Área de Preservação Permanente é inferior em metragem em vista do que é solicitado em Lei Federal, bem como a Área de Preservação Permanente 2 que determina 60 metros de raio para instalação da via paisagística, conforme exige a Lei Municipal. Ainda, a partir das imagens aéreas foi possível relatar um considerável volume de resíduo sólido descartado no local. Portanto, o uso de dispositivo apresenta potencial para ser empregado particularmente em áreas de difícil acesso que fazem parte da paisagem urbana.