ResumoApesar da controversa legislação brasileira sobre formação por simuladores de direção, seu uso ainda é escasso. Além disso, não há obrigatoriedade de seu emprego em formação de condutores rodoviários profi ssionais. Segundo a literatura internacional, onde o assunto é estudado há mais tempo, ainda não há evidência sufi ciente que justifi que o amplo uso de simuladores em formações de condutores profi ssionais. Por outro lado, não se observa nessa literatura uma análise crítica dos efeitos dos fundamentos teórico-metodológico utilizadas nessas formações. Visando contribuir para esse debate, revisamos a literatura sobre uso de simuladores em formações de condutores rodoviários profi ssionais, analisando-a criticamente a partir das contribuições da Ergologia e da Didática Profi ssional francesa. Observamos problemas nas formações experimentadas: (a) não reconhecimento da atividade real a simular e dos saberes socialmente construídos necessários para executá-la; (b) concepção insufi ciente sobre competências e saberes mobilizados em situação de trabalho; (c) incapacidade de apreensão de uma atividade profi ssional. Apresentamos alternativas para uso de simuladores nas formações de condutores profi ssionais: formações coletivas mediadas pela simulação e em torno de saberes, normas e valores partilhados pelos condutores.
Palavras-chave:Simuladores de direção, transporte, formação profi ssional, Ergologia.
Ergological Perspectives for the Use of Driving Simulators AbstractDespite controversial Brazilian legislation on simulation-based driver training, it is used only rarely. Furthermore, there is no requirement to use it in professional road driver training. According to the international literature, in which the subject has been studied for a much longer period, there is still insuffi cient evidence to justify the widespread use of simulators to train professional drivers. However, this literature contains no critical analysis of the effects of the theoretical and methodological foundations utilised in this training. To contribute to this debate, we review the literature on simulation-based