Objetivo: Avaliar a influência do paradesporto na qualidade de vida de pessoas com deficiência motora. Metodologia: Estudo quantitativo transversal realizado com 351 paraatletas (X ̅ = 30,9 ± 11,7 anos) e 90 não atletas com deficiência motora (X ̅ = 31,6 ± 9,3 anos). Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (CAAE nº 51930821.2.0000.5174), sob protocolo nº. Decreto nº 5.012.266, de 1º de outubro de 2021. Os dados foram coletados por meio de questionário do Google Forms. A qualidade de vida foi avaliada por meio da aplicação do Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde - WHOQOL-100. Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva e submetidos a análises inferenciais por meio de testes não paramétricos, uma vez que a distribuição dos dados não era normalmente distribuída. O teste não paramétrico de Mann-Whitney foi aplicado para comparações intergrupos de variáveis contínuas. Para variáveis discretas e/ou nominais foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, ambos com nível de significância de p < 0,05 para rejeitar a hipótese nula. Resultados: Os para-atletas apresentaram melhor qualidade de vida que os não-atletas (∆% = 12,97%, p = 0,02), alcançando um índice geral de 14,20, classificando-os como elevados (acima de 14 pontos). Este resultado se deve principalmente ao Domínio 6 (Espiritualidade), onde este grupo obteve índice de 16,90, superior ao grupo de não atletas neste domínio (∆% = 16,69%). Conclusão: Em relação às suas deficiências físicas, o grupo para-atleta apresentou melhor qualidade de vida do que seus colegas não atletas. Pode-se inferir que a prática do paradesporto pode ter ajudado as pessoas com deficiência física a superarem suas limitações.
Palavras-chave: Paraatleta; Pessoas com Deficiências; Indicadores de Qualidade de Vida; Qualidade de vida.