RESUMO: Esluda a importância cultural do conceito de lugar e sua diversificação ao longo da história. Desde o período pré-conquista, entre aztecas e incas, entre os quais lugar era indicativo de parentesco, de um conjunto de relações sociais com uma conotação geográfica. Nas sociedades andinas as duas partes inferior e superior do espaço social indicavam atividades complementares. Os cais designados como capellas eram santuários, correspondendo a rituais de fertilidade e colheita. A representação cartográfica dos Maias evidenciava a imagem quadripartida do universo andino (p. 79). A conquista espanhola modificaria sensivelmente os critérios de espaço; missões, pueblos, reduciones passariam a designar uma hierarquia de poderes. O autor chama atenção para a diversidade dos critérios de designação de lugar no correr da história (p. 84) da construção do Estado nacional, com as conotações locais, regionais, federalistas, centralizadoras (p. 88-93). Na época pós-moderna, por sua vez, a emergência de novos localismos de resistência contra o planejamento burocrático, com novas escalas de valores (o periférico e o metropolita DO), e, finalmente, uma nova geografia do insólito a partir do turismo contemporâneo (p. 99).