A nutrição enteral deve ser indicada a pacientes com ingesta alimentar via oral insuficiente por três dias consecutivos ou pacientes impossibilitados de ingesta alimentar via oral. Entretanto, observa-se em muitos serviços que nem sempre todos os pacientes têm a prescrição de TNE adequada às suas necessidades, ou ainda, que a prescrição atende ao seu requerimento, porém, por inúmeros motivos o volume diário prescrito não é totalmente infundido. O objetivo da pesquisa foi averiguar se as prescrições dietoterápicas e o volume de dieta enteral administrado atendem ao requerimento energético e protéico de pacientes adultos hospitalizados em uso exclusivo de nutrição enteral. A técnica para seleção da amostragem utilizada foi retrospectiva, através de coleta de dados por meio da revisão do prontuário de pacientes oncológicos que utilizaram nutrição enteral no segundo semestre de 2013, foram coletados dados para amostra onde o paciente foi avaliado quanto à prescrição dietoterápica se o volume de nutrição enteral prescrito foi infundido completamente. Dos 38 prontuários analisados entre adultos (20-60) e idosos (>60), 10 eram do gênero feminino e 28 do gênero masculino. A idade média foi de 61,7 anos, sendo que 63,15 % tinham 60 anos ou mais. Onde a TNE supriu apenas 70,3% das necessidades energéticas totais dos pacientes. A infusão da dieta enteral em unidades hospitalares ainda é um problema neste contexto, tendo em vista que muitos pacientes não recebem todo o seu requerimento energético e proteico, contribuindo para a desnutrição hospitalar e, piores desfechos clínicos.