Comparação entre cirurgia do retalho faríngeo e esfincteroplastia: análise nasométrica e aerodinâmica

Abstract

OBJETIVO: comparar o efeito do retalho faríngeo e da esfincteroplastia sobre a hipernasalidade da fala e o fechamento velofaríngeo no tratamento de indivíduos com insuficiência velofaríngea residual, por meio de avaliação instrumental. MÉTODOS: foram avaliados 30 pacientes, com fissura de palato±lábio reparada, submetidos à correção cirúrgica da insuficiência velofaríngea (15 com retalho faríngeo e 15 com esfincteroplastia), avaliados antes e, no mínimo, 1 ano após a cirurgia. A hipernasalidade foi estimada a partir dos escores de nasalância (correlato físico da nasalidade) obtidos por meio da nasometria, durante a leitura de 5 sentenças contendo, exclusivamente, sons orais, considerando como limite de normalidade o escore de 27%. O fechamento velofaríngeo foi aferido a partir da medida da área velofaríngea obtida por meio da técnica fluxo-pressão e foi classificado em: 0-4,9mm2=adequado; 5-19,9mm2=marginal e, >20mm2=inadequado. Diferenças entre as duas técnicas foram consideradas estatisticamente significantes ao nível de 5%. RESULTADOS: antes da cirurgia, os valores médios de nasalância foram de 43±8,4% e 45±14,2% e de área velofaríngea foram 51±35,4mm2, e 69±29,2mm2, para os grupos retalho faríngeo e esfincteroplastia, respectivamente. Após a cirurgia, os valores médios de nasalância reduziram para 27±10,1% e 31±14,2% e de área velofaríngea para 3,6±5,5mm2 e 24±32,7mm2 para os grupos retalho faríngeo e esfincteroplastia, respectivamente. A redução dos valores de nasalância e área velofaríngea foi estatisticamente significante nos dois grupos. CONCLUSÃO: estes resultados sugerem que o retalho faríngeo foi mais eficiente do que a esfincteroplastia na eliminação da hipernasalidade e adequação do fechamento velofaríngeo nos pacientes estudados.

Buccinator myomucosal flap for the treatment of velopharyngeal insufficiency in patients with cleft palate and/or lip

“…In this context, most patients with cleft palate and a medium or large velopharyngeal gap have been treated with sphincteroplasty or pharyngeal flaps. 3 , 4 , 5 , 7 , 11 , 24 , 25 , 37…”

“… 3 The choice between the most often used surgical procedures (sphincteroplasty, pharyngeal flaps, double reverse z-plasty or intravelar veloplasty) has been based mainly on the size and pattern of the velopharyngeal gap. 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 …”

“…Although satisfactory speech results have been described with such surgical interventions, 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 some factors (e.g., types of previously performed palatine surgeries, presence of scarring on the palate, and medium or large velopharyngeal gap) limit the applicability of double reverse z-plasty or intravelar veloplasty to a small number of patients. 3 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 …”

A Preliminary Management Algorithm for Velopharyngeal Insufficiency in Cleft-Orthognathic Patients

“…Though PPF can cause postoperative airway complications, studies suggest that PPF is more efficient than DSP in eradicating hypernasality and rendering appropriate velopharyngeal closure in cleft patients. 40,46 If future management with LeForte 1 advancement can be predicted, sphincter pharyngoplasty should be alternatively considered, although further study is needed to establish technique superiority. Only 3 of our included cleft-orthognathic patients developed VPI after orthognathic surgery (Supplementary Digital Content, Table 4, http://links.lww.com/SCS/D640).…”

Comparação entre duas abordagens diferentes de tratamento cirúrgico da insuficiência velofaríngea

“…Correction of the speech symptoms of VPI requires secondary palatal surgery in most cases (5,6,7) . Several surgical techniques have been described for that purpose, the most common of which are the achievement of pharyngeal flaps and sphincteroplasty, which are well reported in the literature, and secondary palatoplasty with intravelar veloplasty, which has been used more recently for correction of VPI (7,8,9,10,11) . In general, selection of the surgical technique is based on the structural and functional conditions of the velopharynx determined on preoperative evaluation, including the extent and mobility of the palatal vault, movement of pharyngeal walls and type of velopharyngeal closure (7,12) .…”