Fonte: dados da pesquisa Como pode se observar na Tabela 2, são 21 empresas que pertencem ao ISE no período de 2013 a 2017. São empresas de diversos setores, como comércio, indústria, elétricas, informações entre outras.Na Tabela 6 também é possível observar a respeito do VIF (Variance Inflation Factor), medida essa que evidencia se há multicolinearidade entre as variáveis no modelo. Multicolinearidade é um problema que existe quando há relação entre as variáveis independentes. Para identificar o problema, o VIF normalmente precisa ser maior que 5,0. Verifica-se que, de acordo com os resultados, que não há multicolinearidade no modelo.Ainda de acordo com a Tabela 6, observa-se que a variável ISE não foi significativa, no período de análise, para explicar o CAPM. Dessa forma, pode-se concluir que o fato de uma empresa pertencer ao ISE, não tem qualquer impacto ou relação com o custo de capital próprio. De igual forma, a variável ROA não foi significativa no modelo.No entanto, tanto a Alavancagem Financeira quanto o Índice Book-to-Market, foram variáveis significativas (sig < 0,000) para explicar o custo de capital próprio. Enquanto a Alavancagem Financeira diminui o custo de capital (coeficiente negativo), o Índice Book-to-Market faz com que o custo de capital aumente (coeficiente positivo). Esse resultado corrobora com o anteriormente encontrado na correlação (tópico 4.1).
Considerações FinaisA pesquisa em questão teve como objetivo verificar se as empresas listadas no ISE possuem menor custo de capital próprio, ou seja, demonstrar se as instituições que pertencem à carteira do ISE apresentam maior confiabilidade para os investidores.A metodologia utilizada é do tipo descritiva que estabelece relação entre variáveis para descrever populações, eventos ou situações. Logo, por meio de um modelo de regressão linear múltipla, foi verificado se empresas aderentes ao ISE impactam no custo de capital próprio, que foi mensurado pela metodologia CAPM por benchmark.De maneira geral, no período estudado, isto é, 2013 a 2017, foi identificado que o ISE não teve qualquer relevância estatística para explicar o custo de capital próprio. Em outras palavras, na ótica do investidor, uma empresa que pertence ao ISE não possui um custo de capital próprio menor. Assim, a presente pesquisa questiona se os esforços para se manter no índice de sustentabilidade empresarial são viáveis no sentindo de transmitir mais credibilidade ao mercado. Obviamente, há outros motivos para uma empresa querer participar do ISE.Além disso, foi constado, no período, que o custo de capital próprio é influenciado pela alavancagem financeira e índice book-to-market. O primeiro diminui o custo de capital próprio, enquanto que o segundo aumenta.Pode-se sugerir para futuras pesquisas uma abordagem ano a ano do período analisado, ou até estender o período de estudo. Além disso, pode-se também utilizar outras variáveis, como por exemplo custo de capitais de terceiros e ainda o custo médio ponderado de capital, o WACC (Weighted Average Capital Cost), para verificar...