O objetivo deste estudo foi investigar a influência do aumento da distância entre o foco do tubo radiográfico e o detector (do inglês, Focal-Detector Distance (FDD), na qualidade da imagem (QI) e na dose de radiação aplicada ao paciente durante exames radiográficos da pelve. Para isso, empregou-se um sistema radiográfico, um modelo semi-anatômico de pelve e um sistema de radiologia computadorizada (RC) para aquisição e digitalização das imagens. Modificou-se a FDD conforme a lei do inverso do quadrado da distância e manteve-se o índice de exposição (IE) com cinco valores de tensão distintos. Mediu-se o KERMA no ar incidente (INAK) com um conjunto dosimétrico e analisou-se a QI usando um software público para histograma e regiões de interesse (ROI). Avaliou-se a relação sinal-ruído (RSR) e o contraste radiográfico (CR) como descritores de QI. Comparando as imagens obtidas com a técnica padrão de 1 metro, constatamos que aumentar a FDD em 50% (de 1,0 para 1,5 m) e a tensão em 24,68% (de 77 para 96 kVp) resultou em uma redução significativa de 43,1% no INAK, sem alteração significativa na RSR e o IE permaneceu dentro dos limites estabelecidos pelo fabricante. Além disso, uma mínima redução no CR de 0,2% (de 43,0 para 42,0). Nossos resultados indicam que o uso de uma FDD maior que a padrão para exames de pelve oferece uma relação custo-benefício altamente favorável.