RESUMOO ipê-amarelo (Handroanthus serratifolius) é uma espécie com grande potencial econômico devido ao uso da sua madeira e de diversos compostos com propriedades medicinais. Devido a sua importância econômica faz-se necessário o desenvolvimento de estudos moleculares que visam a caracterização genética dessa espécie. Uma vez que os estudos moleculares requerem um DNA puro e íntegro, o objetivo desse trabalho foi avaliar cinco métodos de extração de DNA genômico total em H. serratifolius: Dellaporta et al. (1983), Doyle e Doyle (1987), Clarke et al. (1989), Ferreira e Grattapaglia (1995) e Romano e Brasileiro ( 1998), com o objetivo de modificá-los e identificar o protocolo mais eficiente. O DNA foi extraído do tecido foliar e do caule de árvores de H. serratifolius e foi realizada na presença e na ausência de nitrogênio líquido. Com base nos resultados, foi possível identificar que o protocolo mais eficiente para a extração de DNA em H. serratifolius foi o descrito por Clarke et al. (1989), utilizando-se nitrogênio líquido na maceração. O DNA foliar apresentou uma concentração de 889,4ng/µl, com relação A 260/280 de 2,03 e relação A 260/230 de 0,64. Nos protocolos descritos por Dellaporta et al. (1983), Ferreira e Grattapaglia (1995) e Romano e Brasileiro (1998) obteve-se, respectivamente, os seguintes valores médios de concentração de DNA: 446,3ng/µl, 773,9ng/µl e 529,2ng/µl. A relação A 260/280 foi de 1,87, 1,70 e 2,09; já para a relação A 260/230 os valores obtidos foram 0,73, 1,20 e 0,68, respectivamente. O método descrito por Doyle e Doyle (1987) não apresentou ácido nucleico nas amostras analisadas. Nas extrações em que não utilizou-se nitrogênio líquido, o protocolo mais eficiente também foi o descrito por Clarke et al. (1989), gerando um DNA com concentração de 1371ng/µl, a relação A 260/280 foi de 1,75 e a relação A260/230 foi de 0,95. Entretanto, os outros quatro protocolos também apresentaram resultados satisfatórios em relação à pureza do DNA. Para a extração de DNA a partir do caule, o protocolo mais eficiente, quantitativamente, para a extração de DNA de H. serratifolius foi o descrito por Dellaporta et al. (1983), na ausência de nitrogênio líquido durante a maceração. Sugere-se também o protocolo de Clarke et al. (1989) por ter sido o mais eficiente qualitativamente, na extração de DNA a partir do caule, sem a utilização de nitrogênio líquido.