Objetivo: Descrever os fatores associados aos conhecimentos, atitudes e práticas de adolescentes e seus pais frente à imunização na adolescência. Métodos: Revisão sistemática da literatura, realizada nos meses de março de 2017 a março de 2018, por meio de três estratégias de busca no Portal CAPES e BVS, através dos descritores: adolescente; imunização; conhecimentos; atitudes e práticas em saúde; vacinação e controle de doenças transmissíveis. Os critérios de elegibilidade utilizados foram: artigos científicos publicados nos idiomas inglês, português e espanhol, nos anos de 2008 a 2018. Após as buscas, incluíram-se 23 artigos na análise final. Resultados: Verificaram-se os seguintes fatores diretamente associados à imunização na adolescência: sexo; religião; raça/etnia; idade, local de residência; crenças sobre a eficácia e segurança da vacina; medo dos efeitos adversos; possuir convênio privado de saúde e recomendação pelos profissionais de saúde. No Brasil, alguns fatores diferem dos outros países, como a maior vacinação contra o HPV entre as meninas e contra a Hepatite B entre aqueles com menor renda per capita. Isto pode ser explicado porque o Brasil tem uma realidade econômica, social e um sistema de saúde diferente do que se observa nos demais países. Conclusão: Fatores sociodemográficos como sexo, raça/etnia, religião e idade foram associados ao conhecimento, atitudes e práticas acerca da imunização na adolescência. Fatores socioeconômicos e psicossociais, como insegurança, medo, preocupações com o custo da vacina, ter recebido recomendação e orientação sobre vacinação por um profissional de saúde também demonstraram associação.