A hérnia de hiato (HH) é uma condição em que órgãos abdominais migram para a cavidade torácica através de alterações no hiato esofágico devido a gradientes de pressão transdiafragmática. Fatores de risco incluem idade avançada, obesidade, esforços intensos, constipação e síndromes do colágeno. Existem quatro tipos de HH, com a HH do Tipo I sendo a mais comum, frequentemente associada ao refluxo gastroesofágico (DRGE). A incidência de HH aumenta com a idade, afetando principalmente pessoas de meia-idade, sem diferença significativa entre homens e mulheres. Muitos pacientes são assintomáticos, mas os sintomas comuns estão relacionados ao DRGE, incluindo regurgitação e azia. O diagnóstico envolve exames como radiografia de deglutição de bário, endoscopia digestiva alta (EDA), manometria esofágica, teste de pH e tomografia computadorizada (TC). O tratamento pode ser conservador, com mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos como inibidores da bomba de prótons (IBPs). Em casos graves ou com complicações, a abordagem cirúrgica é necessária. A abordagem cirúrgica mais comum é a laparoscópica, que permite uma visualização precisa e reparo da HH. Diferentes técnicas de fundoplicatura são usadas, sendo a de Nissen a mais comum. A cirurgia aberta é reservada para casos complicados. Além disso, o uso de malhas cirúrgicas pode ser considerado, mas tem riscos de complicações, como erosão e infecção.