Resumo. O crescente avanço da medicina veterinária e desenvolvimento de suas subáreas exigem o aprimoramento de métodos para o avanço das técnicas cirúrgicas e a realização de procedimentos especializados que reduzam complicações no pós-operatório, principalmente na ortopedia veterinária. Diante disso, o incremento das técnicas necessita de conhecimento prévio sobre a composição do tecido ósseo e de suas principais funções. Sabe-se que o tecido ósseo é composto por quatro tipos celulares, os osteoblastos, osteócitos, osteoclastos e células osteoprogenitoras, que são responsáveis pela formação, reparação e remodelagem do tecido. Atualmente, a utilização de enxertos ósseos vem sendo amplamente empregada, pois utilizam o tecido ósseo como a base da técnica, exercendo funções que estimulam a gênese de um novo tecido (tecido ósseo). Estes são de grande valia para o tratamento de fraturas cominutivas, artrodeses, exérese de tumores ósseos, osteomielite, má união e não união óssea e osteotomias corretivas, minimizando as chances de amputação do membro acometido. Uma gama de classificações é encontrada para descrever os tipos de enxertos ósseos e de acordo com sua origem, estes podem ser autógenos, alógenos, xenógenos e alopásticos e quanto a classificação estrutural, podem ser chamados de esponjosos, corticais, corticoesponjosos, dependendo do sítio doador. Cada enxerto possui características e funções distintas que devem ser avaliadas antes do processo de enxertia, para que melhor se adeque ao tipo de paciente. Sendo assim, o intuito do trabalho é descrever sobre os enxertos ósseos e suas aplicações na medicina veterinária.