O presente artigo objetivou analisar, a partir de uma revisão narrativa da literatura, as vias alimentares feitas através de procedimentos cirúrgicos com o intuito de compará-las acerca de suas indicações, técnicas e desfechos. A nutrição enteral é necessária em pacientes que não consigam se alimentar, seja por uma incapacidade neurológica relacionada à ingestão oral ou por obstrução mecânica no trato gastrointestinal, sendo essa última a indicação mais comum. As ostomias são utilizadas nesses contextos, principalmente, quando o uso da nutrição entérica se faz necessário por um período superior a quatro semanas ou então quando existe alguma lesão que impeça a passagem da sonda ou do alimento pelo trato. A realização das ostomias pela técnica endoscópica foi a preferida pelos autores devido a rapidez e maior simplicidade do procedimento, tendo essa também um número menor de complicações. Para a gastrostomia a técnica percutânea descrita por Thaker e Sedarat, por ser menos invasiva, demonstrou menor número de complicações, já para realização de Jejunostomia o mesmo foi evidenciado para a jejunoscopia Endoscópica Direta (JED). Entretanto, ficou evidenciado que a escolha da técnica deve ser individualizada, levando em consideração a patologia do paciente, alvos nutricionais, expectativa de vida e possíveis contra-indicações.