Objetivos: Descrever os resultados do rastreio auditivo de pré-escolares, assim como verificar a relação entre as avaliações auditivas e os determinantes sociais de saúde. Método: Pesquisa quantitativa, descritiva, explicativa e com delineamento transversal, realizada no período de inverno e primavera. Amostra composta por 186 crianças de uma escola pública, 89 do sexo feminino e 97 do sexo masculino, de dois a seis anos. O rastreio auditivo foi composto por: meatoscopia, timpanometria, pesquisa dos limiares auditivos de via aérea nas frequências de 500 Hz a 4000 Hz e registro e análise das Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT). Como critério de “passa”, foi considerada meatoscopia sem particularidades, curva timpanométrica do tipo A, limiares auditivos até 20 dB em todas as frequências e presença de EOAT em ambas as orelhas. A falha em um dos procedimentos era considerada “falha” no rastreio. Quanto aos determinantes sociais de saúde, foi enviado para o aluno um questionário elaborado pelas autoras e o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Foram realizadas análises descritivas e os seguintes testes para as associações: Wilcoxon, qui-quadrado e exato de Fisher. Resultados: 100 (53,8%) crianças apresentaram “falha” no rastreio auditivo. O procedimento de timpanometria foi o que apresentou maior número de falhas, seguido pela meatoscopia. Quanto aos determinantes sociais de saúde, não houve diferença estatisticamente significativa em relação com os resultados do rastreio auditivo. Considerações finais: Observou-se um elevado número de “falha” no rastreio auditivo, sendo que o motivo predominante para a ocorrência desse resultado foi a presença de curvas timpanométricas do tipo B e/ou C. Os determinantes sociais não influenciaram no resultado do rastreio auditivo.