pela orientação, ensinamentos e oportunidades durante esse mestrado. Aos meus pais, por nunca pouparem esforços por mim, nunca serei grato na mesma proporção. Ao meu irmão, Tulio, pela parceria e diversão constantes. À minha namorada Lygia, pelo constante apoio, compreensão e companheirismo. Aos grandes amigos Rafael, Bruno, Leo, Wesley, Tripa, Darlan e Dany pela amizade e risadas certas. Aos amigos da pós-graduação Rapha, Ton, Nai, Carla, Helô, Ana, Sina, pela ajuda no dia a dia do laboratório e pela divertida companhia nos almoços e cafés. Aos funcionários do laboratório da biofísica, Rafael, Fernando, Bel e Andressa, e aos funcionários do IFSC, por todo o tipo de auxílio. A todos os professores que contribuíram para minha formação durante esse mestrado. Ao Instituto de Física de São Carlos, e à Universidade de São Paulo, por toda a estrutura e excelência no ensino e pesquisa. À CAPES, pela bolsa concedida. -Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui? -Isso depende muito de para onde queres ir -respondeu o gato. -Pouco me importa aonde ir -disse Alice. -Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas -replicou o gato. Lewis Carroll RESUMO ANDRADE, G. B. Estudos estruturais de dockerinas e cohesinas em Ruminococcus flavefaciens e sua aplicação no desenvolvimento de matrizes auto montáveis de proteínas. 2017. 122 p. Dissertação (Mestrado em Ciências) -Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2017.O celulossomo é um complexo multienzimático extracelular utilizado por bactérias anaeróbias para a degradação de biomassa vegetal. Ele é composto por escafoldinas, estruturas alongadas que abrigam diversos módulos cohesina, às quais se ligam dockerinas, seus parceiros de interação específica de alta afinidade, fusionados às enzimas celulolíticas. Os módulos cohesina e dockerina compõem o elemento central da interação entre todos os componentes que integram o celulossomo. Esses módulos são divididos em tipos, de acordo com sua sequência primária. Essa divisão reflete efeitos funcionais distintos, sendo o tipo I responsável pela ligação de enzimas às escafoldinas, enquanto o tipo II medeia a ligação de escafoldinas à célula. O mais complexo celulossomo conhecido é o de Ruminococcus flavefaciens, e na classificação por tipos, suas sequências divergem, formando o tipo III, que foi posteriormente subdividido em 6 grupos para significância funcional. Nesse sistema, o principal responsável pela integração de enzimas ao sistema é a escafoldina primária ScaA, a qual interage com escafoldina adaptadora ScaB. A especificidade dessa ligação -dockerina de ScaA (Rf-DocA) com cohesinas de ScaB (Rf-CohB1-7) -é classificada como único membro do grupo 5, na divisão de grupos que compõem o tipo III. Assim, essa interação é de suma importância para a organização do celulossomo desse organismo, tendo sido estudada por meio de experimentos biofísicos e bioquímicos. Porém a falta de uma estrutura cristalina resolvida desses componentes limita a compreensão que podemos ter sobre a interação...