INTRODUÇÃO: o prognóstico e o tratamento dos pacientes com câncer colorretal são baseados na análise anatomopatológica, destacando-se a análise dos linfonodos. O número de linfonodos identificados depende da eficiência da equipe cirúrgica e do empenho do patologista. A marcação dos tumores com nanquim por colonoscopia é utilizada com a finalidade de facilitar a identificação do local da lesão pelo cirurgião. No entanto, além de marcar o local do tumor, a marcação com nanquim parece corar os linfonodos, o que poderia facilitar sua identificação pelo cirurgião e pelo patologista. OBJETIVO: avaliar se a marcação do tumor leva ao aumento do número de linfonodos dissecados. CASUÍSTICA E MÉTODO: foram estudados 22 pacientes com câncer de reto operados após tratamento neoadjuvante com rádio e quimioterapia. Foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: I-marcação com nanquim; IInão submetidos à marcação. RESULTADOS: no grupo marcado, foram identificados em média 8,18 linfonodos por paciente, com 0,72 positivos e distância média do tumor à borda anal foi de 6,27 cm. No grupo não marcado, foram identificados em média 5,54 linfonodos, com 1,6 positivos e com distância da borda anal de 5,09 cm. O grupo marcado apresentou mais linfonodos identificados, mas sem diferença estatística. CONCLUSÃO: a marcação com nanquim, após a neoadjuvância, não aumenta o número de linfonodos identificados em pacientes com tumores de reto.