À Claudia, minha esposa, pelo amor, apoio e companheirismo e ao Lucas, nossa melhor obra, alegria das nossas vidas.
AGRADECIMENTOSAo meu orientador e amigo, Prof. Dr. José Ricardo Pécora, pelo apoio durante todas as fases deste projeto de pesquisa e pela lucidez e gentileza no trato com as pessoas, qualidades que o distinguem.Ao Prof. Dr. Gilberto Luis Camanho, minha admiração e imensa gratidão pelos ensinamentos, pela amizade de tantos anos e por todas as oportunidades profissionais que me ofereceu na vida.Aos colegas ortopedistas Dr. Alexandre Leme Godoy, Dr. Marcos Hideyo Sakaki e Dr. Marco Kawamura Demange, pelas valiosas sugestões que deram na etapa de qualificação.Ao Henry Dan Kyomoto, pelo árduo trabalho estatístico que realizou com precisão e competência.A todos os pacientes que estiveram sob os meus cuidados e que gentilmente concordaram em ceder seus dados para esta pesquisa. Sem eles, nada disso teria sido possível e nada disso faria qualquer sentido. Entretanto, a noção de que os meniscos desempenham importantes funções biomecânicas na transmissão de cargas e absorção de impactos nos joelhos e de que a meniscectomia não é um procedimento isento de riscos e complicações data da metade do século passado (2) e embasa um preceito básico das meniscectomias, que consiste em se remover a menor fração possível do menisco lesionado.Na metade do século XX, a ressecção mínima do menisco começou a ser defendida no meio científico, a fim de prevenir a degeneração articular do joelho observada tardiamente nos pacientes submetidos à meniscectomia total (3) . Avanços tecnológicos a partir da década de 70 permitiram que a meniscectomia por via artroscópica substituísse a meniscectomia total aberta, com inúmeras vantagens: menor tempo de hospitalização, menor morbidade cirúrgica, menores custos e recuperação mais rápida dos pacientes (3) . Por estes motivos, consagrou-se e popularizou-se como técnica de escolha no tratamento das lesões dos meniscos não passíveis de sutura (4,5) , sendo atualmente o procedimento cirúrgico ortopédico mais frequentemente realizado no mundo (6,7) .O suprimento sanguíneo dos meniscos provém da periferia, irrigando apenas sua porção periférica, o que confere baixa capacidade de cicatrização e regeneração da sua porção interna (8) . Indivíduos com mais de 50 anos de idade possuem meniscos com menor vascularização e celularidade e, consequentemente, menor capacidade de regeneração do que os mais jovens (9) .As lesões dos meniscos podem ser divididas, quanto à natureza, em traumáticas e degenerativas. As lesões degenerativas decorrem de sobrecarga cumulativa ao longo dos anos e, portanto, sua incidência 3 aumenta com a idade (10) . Tais lesões são encontradas nos exames de ressonância magnética (RM) de cerca de 35% da população com mais de 50anos, sendo dois terços delas assintomáticas e associadas a outras manifestações degenerativas do joelho (11) . Por este motivo, as lesões não traumáticas dos meniscos nesta faixa etária representam um desafio para o ortopedista, pela dificuldade em se di...