Introdução: a atividade física é reconhecida mundialmente como uma forma eficaz de promoção da saúde, por isso, crianças e adolescentes que mantêm uma vida ativa experimentam benefícios físicos, psicológicos, cognitivos, maior aptidão motora, entre outros ganhos funcionais. Ao passo que os proveitos induzidos pela atividade física são ainda mais evidenciados, um número cada vez menor de crianças e adolescentes praticam atividade física, paralelamente, tem-se o aumento do comportamento sedentário (CS). Objetivo: compreender como se configura e o que influencia o comportamento sedentário em crianças em idade escolar. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura, com pesquisa nas bases de dados BVS, LILACs, MEDLINE e PUBMED. Foram coletados artigos em língua portuguesa e inglesa, publicados até 5 anos do presente ano, com o texto disponível na íntegra, e que tratassem do comportamento sedentário de crianças em idade escolar. Resultados e Discussão: crianças com excesso de CS tem probabilidade em desenvolver de forma mais simplória a competência motora (CM), resultando em escolhas de atividades e lazer que perpetuem hábitos de vida não-saudáveis, que são preditivos para o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Pode-se destacar que há evidências para a associação entre CS e CM no ensino fundamental, apontando para a relação de quanto maior o tempo em sedentarismo mais se prejudica o desenvolvimento da CM. Além disso, a CM pode ser influenciada pelo nível de atividade física, variando a competência adquirida e observada de acordo com o sexo. Conclusão: O CS em crianças é um hábito que tem sido fortalecido, sobretudo, pela substituição das atividades de lazer ao ar livre, por prolongados períodos em frente às telas. As repercussões dos longos períodos de inatividade têm sido associadas à redução da CM esperada para a idade, bem como a manifestação de doenças crônicas degenerativas de forma precoce.