IntroduçãoElastômeros termoplásticos (TPEs) reúnem as propriedades elásticas das borrachas em temperaturas usuais de aplicação com a facilidade de processamento dos polímeros termoplásticos em temperaturas elevadas [1][2][3][4] . Estas características são consequência da morfologia bifásica decorrente da natureza química diferenciada dos constituintes e do seu processo de obtenção. No caso dos copolímeros constituídos de blocos rígidos e flexíveis e dos termoplásticos olefínicos (TPOs) esta morfologia é definida durante a rota de síntese [5] . No caso de elastômeros termoplásticos vulcanizados (TPVs), a morfologia é definida durante o seu processo de obtenção. Depende, essencialmente, da natureza química, da viscosidade, da proporção dos constituintes (termoplástico/borracha), dos agentes de reticulação, da presença ou não de agentes compatibilizantes e do processo de vulcanização dinâmica propriamente dita [5][6][7] . Os agentes de reticulação devem, preferencialmente, atuar sobre a fase elastomérica, provocando uma rápida reticulação, in situ. O aumento da viscosidade da fase elastomérica, como consequência da reticulação, sob altas taxas de cisalhamento, leva a mesma a se fragmentar, gerando domínios dispersos na fase termoplástica contínua, mesmo esta, estando presente em menor proporção, em massa. A reticulação aumenta a resistência mecânica e química, assim como diminui, significativamente, a deformação permanente a compressão destes materiais se comparados às simples misturas físicas, blendas, correspondentes [8][9][10][11] . Dadas às características imposta pela matriz termoplástica, os TPVs apresentam as vantagens da processabilidade e da reciclabilidade dos termoplásticos sobre as borrachas termofixas convencionais. Estes são fatores responsáveis pela alta taxa de crescimento anual, entre 6 e 7%, alcançada pelos TPVs na última década, substituindo a borracha termofixa convencional em muitas aplicações, onde perfis complexos são exigidos, como vedações de vidros e portas de carros, recobrimentos de cabos, mangueiras, entre outros [12,13] . Tendo em vista que as propriedades dos TPVs dependem de uma série de fatores que iniciam na escolha da combinação termoplástico/borracha até a otimização das condições de processamento para aquele par, muitos sistemas têm sido explorados desde a sua descoberta por Gessler [14] . Coran e Patel [14] realizaram inúmeros estudos no intuito de obter TPVs com propriedades diferenciadas visando aplicações Resumo: Elastômeros termoplásticos vulcanizados, TPVs, à base de co-poliamida (PA6,6-6) e borracha nitrílica (NBR), foram preparados por vulcanização dinâmica em câmara de mistura a partir de um sistemas de vulcanização tendo como componente principal o peróxido de dicumila e os coagentes bismaleimida e enxofre. Variando-se a proporção dos componentes, estudou-se a influência do enxofre sobre as propriedades mecânicas e deformação permanente à compressão. A morfologia foi determinada por análise de microscopia eletrônica de varredura. Todos os TPVs apresentam propriedades m...