O uso indiscriminado do herbicida atrazina no Brasil e no mundo apresenta diversos efeitos adversos a saúde humana e aos ecossistemas, podendo ser encontrado no solo, nas águas subterrâneas, no ar e também nos seres vivos, o que justifica pesquisas voltadas à biodegradação, impactos e características deste composto. O presente trabalho, por meio de uma revisão da literatura, mostra que a biodegradação da atrazina pode ocorrer através de diferentes condições de oxirredução, com a participação de consórcios microbianos aeróbios e anaeróbios, gerando diferentes intermediários metabólitos, como a hidroxiatrazina, N-isopropylammilide, ácido cianúrico, biureto, alofanato e uréia. Além disso, esta revisão mostra microrganismos que já foram detectados com o potencial de degradação deste composto utilizando a atrazina como fonte de carbono e/ou nitrogênio, e os seus intermediários metabólicos formados durante os processos aeróbios e anaeróbios de degradação, assim como os principais genes responsáveis pela síntese das enzimas envolvidas na degradação deste composto.