Compreensão de profissionais de enfermagem sobre os benefícios e complicações da hipodermóclise em pacientes acometidos pelo câncer

Abstract

Objetivo: Investigar a compreensão dos profissionais de enfermagem sobre os benefícios e complicações da hipodermóclise na terapêutica de pacientes acometidos pelo câncer avançado. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa com análise temática. Participaram da investigação 11 profissionais de enfermagem que atuam em um serviço de referência em oncologia localizada na cidade de Campina Grande - PB. O período de coleta de dados transcorreu durante o mês de junho de 2018. Para coleta dos dados utilizou-se uma pesquisa semiestruturada. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Os profissionais relataram que o favorecimento da qualidade de vida, eficácia no controle da dor, segurança na absorção de drogas, diminuição do risco de complicações e facilidade da técnica são os benefícios da via subcutânea. Além de apontar a falha na implementação da técnica como um determinante para as complicações relacionadas à via subcutânea. Conclusão: Devido ao conhecimento escasso sobre a Hipodermóclise, torna-se necessário investir na educação permanente em saúde, voltada para a capacitação desses profissionais sobre o tema, além da criação de protocolos que abordem o assunto, visando uma melhora na qualidade da assistência prestada e assegurando maior eficácia desses cuidados em saúde.

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“…O conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a HDC apresentados nos estudos inclusos, reiteram que, cabe aos profissionais de enfermagem e saúde a busca contínua de conhecimentos teórico-práticos e sobre as diferentes técnicas e tecnologias do cuidado em saúde, que assegurem cientificidade e garantam melhorias contínuas nas práticas assistenciais que visem além do tratamento eficaz a promoção do bem-estar das pessoas elegíveis ao uso de HDC (GOMES et al, 2019;MOREIRA et al, 2020;BEZERRA et al, 2021).…”

“…Este procedimento garante mínimo desconforto por eliminar a recorrência de injeções diminuindo-se assim a dor e o desconforto causados pelas PVP repetidas, otimizando-se a qualidade da assistência com concomitante redução do sofrimento relacionado a terapia implementada (Bezerra et al, 2021).…”

“…O procedimento de punção e/ou a administração da farmacoterapia prescrita via HDC podem ser realizados tanto pelo enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem e até mesmo pelo cuidador/familiar 9 mediante a capacitação técnico-científica, na qual a pessoa executara o procedimento deve possuir os conhecimentos mínimos necessários ao procedimento e garantir que o manejo da HDC ocorra sobre a supervisão e acompanhamento do enfermeiro responsável (Brasil, 2019;Coelho et al, 2020;Martins et al, 2020;Bezerra et al, 2021). Destarte as indicações do uso da HDC devem constar em prescrição médica/enfermagem, sendo que, o enfermeiro pode até mesmo prescrever alguns fármacos desde que descritos em protocolos institucionais junto as indicações de uso da HDC (BRASIL, 2019).…”

“…Sendo assim, uma pesquisa realizada com 11 profissionais de enfermagem de um hospital escola brasileiro evidenciou que 90,9% dos profissionais apontaram que durante o processo de formação profissional de nível técnico e/ou superior tiveram acesso a informações sobre a administração de fármacos via SC, e todos os profissionais relataram, que após tal formação, acadêmica, não receberam este tipo de capacitação em nenhum momento (BEZERRA et al, 2021).…”

“…Neste contexto, os autores Moreira et al, (2020) e Bezerra et al, (2021) ao investigaram a compreensão dos profissionais de enfermagem sobre os benefícios e complicações da HDC na terapêutica oncológica evidenciaram que poucos profissionais afirmaram já terem ouvido falar sobre a HDC em sua formação acadêmica e profissional e quando este conteúdo foi retratado não houve aprofundamento do conhecimento em relação as peculiaridades do cuidado relacionado à terapia, a exemplo, do(as) conceito, indicações, contraindicações, tempo de permanência do dispositivo, volume máximo diário por sítio de punção, riscos e benefícios, etc. Sendo, portanto, na compreensão dos autores o conhecimento da equipe de enfermagem considerado escasso.…”