Objetivos: avaliar a qualidade de vida (QV), as interações medicamentosas e a adesão ao tratamento em pacientes idosas com câncer de mama que realizaram tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Métodos: coorte prospectiva, com seis meses de seguimento, que incluiu pacientes idosas com câncer de mama atendidas em Hospital Universitário de Porto Alegre e atendidas pelo SUS. Foram selecionadas mulheres com idade ≥ 60 anos, divididas em dois grupos (60-69 anos e ≥ 70 anos).Resultados: 38 pacientes foram incluídas nas análises sobre QV e adesão ao tratamento. Dentro da classificação molecular, os subtipos mais diagnosticados foram, Luminal B/Her2- (34,2%), Luminal A (26,3%), Luminal B/HER2+ (21,1%). Os sintomas físicos mais relacionados à doença, no momento do diagnóstico, foram insônia, rigidez musculoesquelética, preocupação com os outros e com o futuro. Em contrapartida, seis meses depois os resultados menos favoráveis foram fadiga, náusea e vômito, dispneia, dor, inapetência, constipação, diarreia, problemas financeiros, efeitos adversos da terapia sistêmica, sintomas nas mamas e braços e alopecia. Baixos níveis de adesão ao tratamento foram identificados em 67,6% das pacientes. A polifarmácia foi evidenciada em 60,6%, e foi observada ao menos uma interação medicamentosa potencial em 78,8% da amostra. A média de medicamentos utilizados foi de 7,24 (DP= 3,77).Conclusões: este estudo demonstrou a importância do acompanhamento da população idosa com câncer de mama que faz uso de tratamento quimioterápico, a fim de compreender as implicações da senescência, bem como melhorar as taxas de adesão à terapia e a qualidade de vida desta população.