Concurrent pulmonary tuberculosis and lepromatous leprosy in a newly diagnosed HIV positive patient: a case report

Abstract

Background The leprosy-tuberculosis (TB) co-infection is rarely reported in recent times. However, this dual comorbidity is associated with high mortality and major morbidity. Unrecognised leprosy-TB co-infection may predispose affected patients to rifampicin monotherapy and subsequent drug resistance. Case presentation A 35 year old migrant, human immunodeficiency virus (HIV) positive male worker presented with 6 month history of symmetric infiltrative nodular plaques of the face and distal, upper extremities. A few days after initial dermatology presentation, a sputum positive pulmonary tuberculosis diagnosis was made at his base hospital. Subsequent dermatology investigations revealed histology confirmed lepromatous leprosy and a weakly reactive rapid plasma reagin test. The presenting clinical features and laboratory results were suggestive of lepromatous leprosy coexisting with pulmonary tuberculosis in an HIV positive patient. Conclusions This case illustrates the occurrence of leprosy with pulmonary tuberculosis in an HIV infected patient and the difficulties in interpreting non-treponemal syphilis tests in these patients. This case also highlights the need for a high index of suspicion for co-infection and the need to exclude PTB prior to initiation of rifampicin containing multi-drug therapy (MDT). Interdisciplinary management and social support are crucial in these patients.

Coinfecção HIV e hanseníase: revisão integrativa sobre os desafios do diagnóstico e tratamento

“…Na atualidade, existe uma complexa relação entre o contexto socioeconômico e a disseminação de doenças infecciosas (Menezes et al, 2014). Infecções virais estão comumente associadas a ambientes socioeconômicos baixos, caracterizados por superlotação, falta de saneamento e desnutrição (Masuka et al, 2021). Os resultados levantados contribuem para essa percepção, uma vez que a coinfecção de hanseníase-HIV figura dentre doenças tropicais negligenciadas e as populações acometidas compõem grupos desfavorecidos socioeconomicamente.…”

“…Os múltiplos diagnósticos diferenciais pela variedade de apresentação do quadro interferiram na efetuação do diagnóstico da coinfecção. A coinfecção por hanseníase e tuberculose, por exemplo, tem alta morbidade, mas quando comparada a infecção concomitante de hanseníase e HIV, esta última não alterou o espectro clínico, imunológico ou histopatológico da primeira, mesmo em pacientes com imunodeficiência avançada (Masuka et al, 2021). Outros pesquisadores, contudo, atestam que o HIV pode agir sinergicamente com o Mycobacterium leprae para piorar os danos nos nervos em pessoas duplamente infectadas (Xavier et al, 2018;Belgaumkar et al, 2021).…”

“…Um dado bem estabelecido na literatura pesquisada é que a coinfecção hanseníase-HIV tem sido geralmente associada a processos inflamatórios como reações hansênicas tipo 1 (Serrano-Coll et al, 2016;Masuka et al, 2021;Yadav et al, 2015;Nkehli et al, 2021). Em pacientes com hanseníase latente, o início da TARV pode permitir a reativação da hanseníase devido à recuperação do sistema imunológico; enquanto em pacientes com hanseníase clínica, há piora das manifestações (Belgaumkar et al, 2021).…”

“…Outro ponto relevante nos achados é a associação entre o uso da HAART em pacientes hansênicos com o desenvolvimento de Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIRI) (Serrano-Coll et al, 2016), o que pode complicar o manejo de ambas as infecções, demandando, portanto, um monitoramento mais rigoroso (Masuka et al, 2021). Em alguns casos, o uso da HAART foi responsável pelo diagnóstico da hanseníase, o que destaca a necessidade em investigar pacientes soropositivos para HIV que estejam apresentando lesões hiperqueratósicas atípicas, eczematosas e ulceradas (Belgaumkar et al, 2021).…”

“…Portanto, o manejo adequado do paciente é importante viés transformador no resultado terapêutico, sendo imperialista a melhor comunicação entre hospitais primários e de referência (Masuka et al, 2021), bem como a necessidade de novas pesquisas para entender e visualizar a complexidade desses fenômenos de hipersensibilidade que afetam os pacientes, limitando sua qualidade de vida ou, por vezes, levando ao óbito por falta de conhecimento destes casos especiais (Serrano-Coll et al, 2016). Para Menezes et al (2014) o tratamento adequado desta coinfecção será um dos principais campos de batalha no esforço mundial para conter a epidemia e fornecer atendimento ideal para aqueles que já convivem com HIV/AIDS.…”